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osseva odnum - xoto lyrics

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[verso 1: xoto]
o que é que aconteceu com o vosso vinte cinco?
não me apontem o dedo eu cá não era nascido
gajos como eu andam com um olhar aceso
não esqueço nem quando bebo nada apaga o meu rastilho
arraste*me em rotinas pa chegar ao fim mês
ou arrisque*me em jogadas no tal jogo do xadrez
a pergunta é sempre a mesma mas o que é que eu faço aqui
sou da geração que vive um dia de cada vez
por fora é só bazofia pa esconder a nossa escáfia
de obriga em obras е fabricas a sustentar máfias
se a cabeça pеrde a força a palavra perde a cedilha
uma vida sem saída sem sair cos pés da fossa
a pastar sem pensar pa apostar no euro*sonhões
pausar pa aparentar milhões de ilusões
o teu móvel pode ser o melhor topo de gama
que continuas na lama só te enganas a ti próprio
sócio tu tás cana
a corrente que nos arrasta é a mesma que nos prende
pa poderes ter uma vida tu tens que trabalhar
mas se estas a trabalhar não tens tempo pa ter uma vida
cansa*se e descansa*se cansado não se alcança
consome*se a esperança pa que a sede de mudança
se mantenha a distância logo se vê isso amanhã
hoje ta triste o bom vivan então fuma*se e dança*se
tudo a mamar copos rodeado pos robo*cops
mas quando as ânsias são mansas as matanças
não têm importância
andar stone é fácil difícil é tar em forma
safoda a vida loca f*ck fumo e litrosa
é este o mundo macabro que vais deixar ao teu filho?
onde a liberdade cabe dentro do teu touch screen
fixe meu mete as palas pa ires ver o benfica
enquanto o estado bate palmas tu calas*te e ficas*te
não te dignificas..
só te estupidificas…
e ficas
e ficas
[refrão: cátia oliveira]
qualquer dia a lua esquenta
qualquer dia o sol esfria
o sol anda de noite
caminha a lua de dia

vejo o mundo do avesso
e um fim sem recomeço
paz armada ate aos dentes
guerra santa quanto mentes
em nome de quem? de um deus que não sentes
da fé que mata não vem
não vem boas s*m*ntes
não vem boas s*m*ntes
não vem boas s*m*ntes

[verso 2: xoto]
roupa do demónio adoras a inditex
safoda a foxcon tu pedes mais um ipad
que safoda os monhés que bulem no bangladesh
tu amas os teus air max dizem que o amor é cego né?
vida de latex valores num tupperware
manas emanam s*xo aos doze já são mulher
miúda mima um miúdo a sério que te aceite como és
não queiras parecer a barbie ninguém respeita o plástico
putos armam*se em nastys não é fixe ser simpático
é mais fixe ter bifes filmes com finais trágicos
cenário puto não sejas básico
é mais fixe ser fixe se existe sinais pa isso
putos querem ser mais gis é fixe tar no trafico
foder famílias filhos e filhas ficam apáticos
fantástico pelo menos pó comissário
a bófia controla a rota da coca do doca ao teu nariz
a moda é ser original na disco da capital
podes ser rocabili hippy hipster ou gótico
tens é que concordar com o comentário h0m*fóbico
sa diferença é uma etiqueta a mente continua igual
ser diferente é um elogio nesta merda de mundo
pelo que eu aparento noto
que aparentemente nós não somos parentes
porque eu nem tenho facebook
caguei po teu look e eu é que sou maluco
porque a minha imagem é sem maquilhagem
és uma miragem as minhas hormonas não reagem
à aragem do teu perfume
uma boa base sai cara não confundas ca merda
que besuntas na cara ..
amor aos meus amigos amor à minha família
sonho em velos felizes talvez um dia consiga
eu sacrifico a vida amor é altruísta
amizade é reciproca não se oferece à consignia
rap é a minha insígnia
saúde e anarquia
nustadjunto, família
[refrão: cátia oliveira]
qualquer dia a lua esquenta
qualquer dia o sol esfria
o sol anda de noite
caminha a lua de dia

vejo o mundo do avesso
e um fim sem recomeço
mas a fome que me invade
contradiz*me na vontade

de ser o melhor que posso
do que faço a te ao osso
ser rastilho e amizade
amor que brilha amor de verdade

tanta merda com os cravos hoje não continuamos escravos?

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