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não me cortes os passos - w-magic lyrics

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[w-magic]
acordei no cimo de um castelo sombrio
inalei cada molécula de molécula de frio
não esperei, desesperei, sem brio, arrepio
levantei o olhar para o céu e sorriu-me
o resfrio que se mantém-me na pele
expele-me, arrepele-me, impele-me
para dentro duma cascavel, para dentro de um anel
tão fechado, apertado, sufocando o sufocado
eu não estou ao teu lado
envergando o envergado, não estou ao lado de ninguém
encapuçado o meu fado vou vendê-lo a alguém
corro com ele pregado pelo mundo do além
imaculado, enfeitiçado, o karma que não convém
foi-me diagnosticado um certo mal que ninguém tem
como um gelo mais gelado, foi ficando e já não vem
aqueles em quem eu acreditava não trouxeram nenhum bem
foram palavras mal jogadas de quem dá zero e tira cem
fiquei sem nada e comigo só o meu mundo como abrigo
o silêncio é meu amigo, a confiança o inimigo
a solidão é o meu umbigo
será? antes no branco que contigo
antes um sempre que o antigo

[refrão]
a completar um tecto partido
ando a livrar-me de bocados de vidro
e uma casa perdida no espaço
ando a livrar-me de memórias fora do prazo
não me contes os p-ssos

a completar um tecto partido
ando a livrar-me de bocados de vidro
e uma casa perdida no espaço
ando a livrar-me de memórias fora do prazo
não me cortes os p-ssos

[w-magic]
corri por dentro da muralha escondida
senti que ao sentir a alma era perseguida
não temi, tanto subi, caída, tão perdida
eu teci uma vida de derrotas vencidas
a ferida que me rasga no fundo
aprofundo-me e fecundo-me
de uma dor maior que o mundo
uma flor de um vagabundo
a meia cor do submundo
se eu não mudo quando te falo quanto vale um segundo?
confundo-me no oriundo não é -ssim que eu quero
imundo-me no refundo sempre à espera do que espero
não vou atrás, circundo, pelo reino que impero
eu suc-mbo, inc-mbo a um tempo que não quero
acelero sem pensar no que não posso nem altero
adultero cada risco e quando risco não enumero
recupero tudo de mim quando eu sinto eu exagero
o inverso de ti é tudo do pouco que eu gero
enterro cada bocado que eu dei e não voltou
o engano de uma vida que te deu o que não sou
ao profanar o profano que o vento não levou
a guardar o que não deste porque foi isso que ficou

[refrão]
a completar um tecto partido
ando a livrar-me de bocados de vidro
e uma casa perdida no espaço
ando a livrar-me de memórias fora do prazo
não me contes os p-ssos

a completar um tecto partido
ando a livrar-me de bocados de vidro
e uma casa perdida no espaço
ando a livrar-me de memórias fora do prazo
não me cortes os p-ssos

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