anti-herói - vh o escrivão lyrics
anti*herói lyrics
um passo atrás do outro eu não posso parar
o que vai ser não só de mim, se eu parar?
a grana ainda não vem bater na porta da minha casa
aprendi com witwicky sem sacrifício não há vitória
tô pedalando pra vitória
pedalando pra ver ela
pedalando pra deixar mais umas tags pela quebra
tipo um bicicleteiro alado
deixando tags pela quebra, um bicicleteiro alado he!
olha aquele n*gga mano
onde aquele n*gga está indo mano?
ele está indo para a marginal
ele mora na marginal, mas olha a marginal
e ela vai implodir com aqueles n*ggas mano…
isso é uma vergonha, assinei um tco
por grafitar parte dos entulhos da cidade
já degradada por políticas que geram violência
por onde olhares só verá: entulho, morte, polícia e negligência
aquelas paredes falam minha língua
cansadas da monotonia: clamam por tinta
cansado do mundo, queria um dengo da cremosa
tipo beijá*la, enquanto as fardas são o terror do portão pra fora
vou pendurar flores no portão da vizinhança
fazer um jardim da minha goiânia
as ruas sangram, vejo césio nesse enorme cálice
contas e cores, ouço ela gritar * ajude*me baby
não vou negar já quis fugir daqui
não vou mais me esconder aqui
não posso parar, eles querem me parar
tô muito longe baby pra pensar em desistir
baby, it’s a long way
baby, it’s a long…
baby, it’s a long way
o caminho é longo e eu sinto ainda ter tanto pra conquistar
é sem descanso igual a saudade é banto né gangsta
meio de canto tipo gringo star
mas eu vim buscar, tipo chapiscar
só deixa piscar: que nós toma o trono
como?! correr bem mais que o metrônomo
só pra ver o “patrão” com “a cor do mordomo”
eu trampo e pouco durmo
mas sempre que dá eu mudo o turno
pra enfrentar os vermes de coturno
bebo da insônia e vim soturno
e claro isso não é tudo, é classe e conteúdo
e o passe inda é o estudo né menor…
se eles te querem na pior
tô ouvindo belchior
“ano passado eu morri”
e esse ano os meus ainda morrem…
policial acha que tem score
em disputar quem mata preto e pobre
na área n0bre a gadaiada
acha que a grana encobre seu cheiro podre
sem armas no coldre
eu cultivo outro poder
a caneta é minha arma
e eu vim dissertar sobre
mano eu vim da sub
nós canta pra subir
tipo enfrentar o sistema
e das grades dar fuga
nas ruas versos de ouro pra ladrilhar
se o caminho é longo vamo lá trilhar
se é família o que eles vem taxar de “quadrilha”
tinta nos escombros pra encartar mães e filhas
e filhos
meninas e meninos vão compor hinos
não trocar tiro com tiras
se eles querem te ver dançar
mas não é catira
nem pense em atirar…
pegue a visão e mude a mira
queria até fugir com ela
mas hoje não dá
a gente entoca no barraco
tem muito amor pra trocar
tem umas rimas pra trocar
tem muita dor pra curar
e se eu não encontrar o sentido
ainda tenho o que procurar
baby, it’s a long way
baby, it’s a long…
baby, it’s a long way
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