por aí - vácuo lyrics
[verso 1: vácuo]
vou espalhar o pensamento enquanto tiver por ai
o meu olhar ‘tá sempre atento mesmo quando vou dormir
se calhar o inconsciente sabe tudo sobre mim
o que se passa a minha frente por isso fico bem assim
‘tamos no mapa sempre em rede em qualquer linha com o mopt
graff’s dar cor as paredes não há segredos contam tudo
todo aquele que aponta o dedo que antes veja o seu produto
‘pa ser humilde nunca foi cedo logo mudam de assunto
só vejo artistas com fome de barras
mas quem atiça um cão que morde sabe que ele não ladra
desde sempre ouvi dizer são missas da velha guarda
mesmo se não fizer o que me disserem na esquadra
vou fugir por ai pelo menos se houver estrada
não sei onde vou surgir mas a correr ninguém me trava
se chover não vou cuspir vou poupar para mais tarde
se descer vou subir o meu flow só ‘pa depois dropar
sou uma tábua a deslizar num skatepark
e se coluna se desligar o meu som sei que parte
se por acaso vejo o caso mal parado por ser comparado
a quem se vende eu nunca tive preparado
bófia quer passar a perna nunca cai desamparado
levanto sempre a cada queda nunca fiquei ancorado
levanto sempre a cada queca também sei o que é ser tarado
por ai há muita merda e é nessa merda que eu cago
[refrão: vácuo & osémio boémio]
por ai tu não sabes o que se passa
deixa fazer rap puro se não sabes quem o faça
a dar cor ao escuro deixar o nome por onde passa
por aí onde finges que a tristeza é escassa
por aí ninguém te obriga
por aí ninguém te abraça
por aí ninguém te obriga
por aí ninguém te abraça
[verso 2: osémio boémio]
acordo e faço um beat escrevo a letra com uma lata
aperto na palavra como o nó na gravata
contacto sai mortal como se fosse um acrobata
tenho peso sobre os ombros desloquei a h0m*plata
enervo*me, enterro*me mas também reajo do nada
sinto que vou explodir sou uma bomba ativada
queres mudar? se calhar no fundo até mudava
estou sempre a viver só morro quando chego a casa
não tenho calma
por aí com a minha alma
sem nenhum trauma
queimado a fazer fumo numa sauna
sorte passou*me num comboio e eu não quis apanhá*lo
fiquei a fumar um nite porque não quis apagá*lo
se não for de meu agrado é que nem se quer falo
sou feliz com um barril, só quero abraçá*lo
é pouco mas isso chega, só para agradá*lo
por aí a procura mas não encontro o gonçalo
[refrão: vácuo & osémio boémio]
por ai tu não sabes o que se passa
deixa fazer rap puro se não sabes quem o faça
a dar cor ao escuro deixar o nome por onde passa
por aí onde finges que a tristeza é escassa
por aí ninguém te obriga
por aí ninguém te abraça
por aí ninguém te obriga
por aí ninguém te abraça
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