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mic check - um profeta lyrics

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[verso 1: um profeta]

profeta da barra pesada, rei da rima erudita
poeta renegado ganho vida nesta escrita
versos tipo labirinto, controverso por instinto
prossigo faminto a matar de modo sucinto

só cuspo factos, não faço pactos com mentecaptos
sou homicida por contrato, trato sem tacto
sentado a bulir barras para burgessos ficarem
parvos e estáticos como padres num harém

dou-lhe bué bruto nas quadras
chamo-te burro e nem reparas
equiparas essa mente à minha morres brusco
tipo lusco-fusco, constatas que te ofusco com o cuspo

chama-me bruxo, sei que estás a pensar que és abuso
não te enganes, não vales tusto, só berras, tu metes susto
em terras de rap luso, enterras o rap de luxo, wack
nem descartei cartucho, matei no mic check

[refrão]

mic check, mic check
à noite eu não grifo cap
mas continuo a fazer rap
ganha noção, ganha respect
na lírica ou na back

[verso 2: negz]

mete conteúdo deste puto, causo pânico
ovelha negra da família, grande desânimo
parado no trânsito, com gente sem crânio
a biznar produtos para aumentar o ânimo

orientado e bem tratado, o caminho é apertado
isso é um facto, então liga tracção às quatro
na guita focado, sem -ssinar o tracto
com rima contrato o sk!ll do mais pesado

f-ck it, estás a sentir o meu flow?
a tua b-tch já sentiu, disse que amou
coleccionou -rg-smos, imensas sensações, mas isso
já não foi com o som, foi em cima de colchões

tens a noção do crime
à pala de tanto estrilho apresentaram queixa-crime
mas estou com a dream team, a cagar para o regime
connosco vale tudo como se fosse o halloween

[refrão]

[verso 3: zukhalifa]

me chama -ss-ssino, da mafia al pacino
marrento e confiante como um dealer no casino
nunca minto, as ideias que vão fluindo
divulgando o papo certo, discreto e clandestino

e já que estou no recinto com garrafa de absinto
vou beber até ao fim e expressar tudo o que sinto
tudo o que eu penso e espero no meu destino
infelizmente ainda é algo distinto

fico rindo desse bando de boçal
alienado fala mal, mas segue minha chapa hall
sendo que nem é real e a cena que geral riu
tua dama toda louca sentando no pau brasil

puta que pariu, tive que vim lá do rio
para fazer com a tua dam o que tu nunca conseguiu
te digo mais, e te digo em primeira mão
se vier de cãozinho com os seus dentes faço um cordão

[refrão]

[verso 4: lobo]

estou aqui na escuridão
venho d’outra dimensão
alegoria é a versão que ouve a população
sou lobo sem coração

fico bravo quando ataco, não encravo, de facto
rápido no ato quando trato do -ss-ssinato
-ssino se mato, não fico no anonimato
bandeja de vingança fria que te sirvo como prato

libertino de formato genuíno
sou um péssimo inquilino, nestas barras -ss-ssino
foi num ato repentino que te tirei o tino
parece que nunca atino, deve ser o meu destino

neste dom discursivo, torno bom e exclusivo
este som abusivo, feito com incentivo
agora em modo progressivo fica o tom mais agressivo
liricamente decisivo, c4 sou explosivo

[refrão]

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