mant3nha a calma//at0 ii - audiodrama - twin pumpkin, measyou, mary more lyrics
narrador:
nic chega ao metrô com o intuito de fugir daquela cidade infernal. sua mente está tão deteriorada que a paranoia e a morte parecem ser suas únicas amigas. ele tira um dos poucos trocados que encontra no bolso e pergunta para o atendente:
nic romero:
por favor, o próximo trem?
atendente guichê do metrô:
é… eu acredito que seja esse que vai sair agora para a cidade costal little rock. o senhor parece meio cansado… vai pegar uma praiazinha?
nic romero:
é… é isso mesmo… uma praia seria ótima
narrador:
se еsforçando para não cair no sono, nic, acompanhado de mais alguns passageiros entra no vagão quе segue para little rock
(barulho de campainhas e porta do vagão se abrindo)
nic romero:
finalmente vou fugir dessa cidade…
comissária de bordo:
olá caros passageiros, seu destino é pra cidade costeira de little rock. luzes sinalizadoras no piso e no teto indicarão o caminho para as saídas quando chegarmos ao nosso destino, e em caso de emergência: mantenha a calma: repito, mantenha a calma, mantenha a calma, mantenha a calma, mante*
nic romero:
ei… vocês tão ouvindo isso?! acho que deu um problema no… (mantenha a calma, mantenha a calma)… vocês estão ouvindo isso?! (mantenha a calma, mantenha a calma) alguém! por favor, alguém me ajuda! (mantenha a calma, mantenha a calma) alguém me ajuda! alguém me ajuda, por favor! (mant3nha a calma, amlac a ahn3tnam)
funcionário do metrô:
senhor, acorda! senhor? senhor?! alô, acorda! você tava tendo um pesadelo! levanta que eu tenho mais pra fazer
narrador:
nic aos poucos levanta e observa olhares apreensivos dos passageiros reagindo à sua explosão repentina
nic romero:
é… talvez só tinha sido um pesadelo mesmo… desculpe, eu… eu já tô saindo…
narrador:
ele caminha até a saída do vagão e cada passo seu manifestava ansiedade para fugir de circa city, mas aos poucos começa a perceber que o trem desembarcou no mesmo lugar onde embarcara e vê o mesmo guichê de antes
nic romero:
ei! eu tinha dito que eu queria ir pra little rock! porque a gente voltou pra cá?
atendente guichê do metrô:
por favor senhor, não é necessário gritar. me fale o que eu posso fazer pra te ajudar?
nic romero:
como assim não é necessário gritar?! eu mesmo comprei a minha passagem com você hoje mais cedo!
atendente guichê do metrô:
por favor, senhor, não se exalte!
atendente guichê do metrô:
acredito que está enganado. agora, por favor se acalme, caso contrário chamarei meu supervisor
nic romero:
eu não estou enganado, eu falei com voc* (…)
narrador:
a cabeça de nic começa a rodar enquanto os olhos dos
espectadores o fitam com tamanha confusão e estranheza, até que uma voz esgotada chama sua atenção
pessoa misteriosa:
ei garoto… não dá pra sair dessa cidade…
narrador:
o mundo de nic então congela ao ouvir as palavras que fazem ele se sentir menos enlouquecido. ele repara em um dos cantos solitários do metrô e vê um homem desajustado o encarando
enquanto o público voltava aos poucos pra sua rotina, nic é iscado por uma possível voz de razão pra toda essa loucura
pessoa misteriosa:
ei garoto, não dá pra sair dessa cidade. eu já tentei de todos os jeitos possíveis… seu nome é nic, não é? é melhor tu não chamar muita atenção assim, amigo
nic romero:
como… como? quem é você?!
pessoa misteriosa:
tudo isso não passa de uma grande piada de mau gosto. eles estão atrás de você também, né?
nic romero:
por favor! o que está acontecendo?! você sabe de algo?!
pessoa misteriosa:
olha garoto… uma detetive, ela é gente boa… provavelmente vai te pegar pelo que aconteceu hoje. eu quero que você entregue isso pra ela, por favor…
nic romero:
mas ‘pera’ senhor?! o que que tá acontecendo aqui? como que você sabe o meu nome?!
pessoa misteriosa: cala a boca e me escuta garoto! eu sei que tu é inocente! tudo isso não passa de um jogo nefário daquelas…
sei lá do que posso chama*las… mas olha, talvez isso ajude a acabar com esse inferno (cof cof cof)
nic romero:
senhor! senhor?! você ta bem?!
narrador:
o homem tosse repetidamente e desaba no chão. sua mão vai direto pra lateral de sua costela revelando um grande ferimento sob seu sobretudo, chocando nic
nic romero:
ô meu deus, senhor! é melhor a gente ir pro hospital!
pessoa misteriosa:
presta atenção, garoto! você vai entregar isso para a bennet! o nome dela é kate bennet!! detetive kate bennet! entendeu?!
narrador:
o homem interrompe nic, e entrega uma embalagem
pessoa misteriosa:
não se preocupe comigo… eu tô bem. aliás… meu nome é molina… frank molina. pode falar pra kate que ta tudo tranquilo, diz pra ela que eu tô orgulhoso dela
nic romero:
sim senhor, pode deixar, pode deixar
narrador:
molina aos poucos se levanta, com um grande sorriso no rosto e uma mão cobrindo seu ferimento
frank molina:
foi um prazer te conhecer garoto… resolva isso aqui por nós… agora eu tenho um trem a pegar…
nic romero:
um trem?
(trem aproximando em alta velocidade)
nic romero:
espera, espera senhor! não! não!!
narrador:
molina se suicida, se jogando na frente do trem que estava passando, chocando a todos que estavam ao seu redor e deixando nic totalmente abismado. momentos depois, ele é arrancado de seu transe por palavras gritadas com tamanha intensidade
policial metrô 1:
parado! policia de circa city! você tem o direito de ficar calado! tudo o que disser pode e será usado contra você no tribunal. nic romero, você está detido por suspeita de assassinato no hotel nsbs
narrador:
enquanto um policial algema nic, outro tira um celular do bolso
policial metrô 2:
capturamos o filho da puta! tamo levando ele agora mesmo pra delegacia, senhora… mas tenho más notícias, kate… o frank… ele se foi
narrador: detetive kate bennet olha para o relógio na parede da sala de interrogação da delegacia: 23:56
ela não lembrava da última vez que dormira mas seu trabalho era mais importante que seu sono, ainda mais após morte de seu amigo e mentor frank molina
kate bennet:
senhor romero, sabe muito bem porque tá aqui, né?
nic romero:
olha… eu não matei ninguém. eu sei que isso vai parecer loucura, mas tem coisas muito estranhas acontecendo nessa cidade!
kate bennet:
hm… sem joguinhos, tá bom, nic! o que estava fazendo ontem no hotel nsbs meia noite?! e aquele homem no metrô? o que você fez com ele?!
nic romero:
olha! eu já disse que não matei ninguém! o seu nome é kate, certo? kate bennet?! o frank disse que eu poderia confiar em você! por favor, você tem que me escutar!
kate bennet:
e como que você sabe meu nome?! e o nome do molina?! hein? vai, desembucha!
nic romero:
ele tava muito machucado quando o encontrei! ele tava falando sobre um grupo de pessoas ou coisas que estavam atrás dele
nic romero: e eu sinto que agora elas estão atrás de mim também!
por favor, nós precisamos fugir daqui!
kate bennet: fugir do lugar mais seguro da cidade, senhor romero?!
você deve ta de brincadeira mesmo
kate bennet: se continuar mentindo nic
as coisas podem pior muito pra você!
nic romero: olha! não é seguro! o frank… o frank
ele pediu pra entregar algo pra você… uma embalagem
nic romero: mas um dos policias pegou a caixa
quando me algemou… por favor!
kate bennet: não nic! é você que…
(barulho de badaladas da catedral)
nic romero: kate… kate?! acorda kate!
nic romero: kate, você ta me ouvindo?!
nic romero: merda
narrador: um silêncio repentino entorna a delegacia
narrador: congelando kate e todos os policiais do estabelecimento
narrador: nic olha para o relógio… e ele marca:
narrador: meia noite
i.r.a: merda! como deixaram aquele rato imundo escapar?!
entidade robótica 1: nossa localização pode estar
comprometida por conta do 1220, senhor!
entidade robótica 1: ele era agressivo e derrubou 3 dos nossos
parecia que aquele maluco tava numa missão suicida
i.r.a: e quanto a cobaia 1221?!
entidade robótica 1: informações dizem que ele
foi visto sendo escoltado para a delegacia
entidade robótica 1: temos um disfarce indo
pra lá nesse exato momento (barulho de porta mecânica se abrindo)
entidade robótica 2: senhor, senhor!
conseguimos localizar a cobaia 1220
entidade robótica 2: infelizmente, sem vida
ele se jogou nos trilhos
i.r.a: ah! seus imprestáveis!
precisamos conter isso o mais rápido possível!
i.r.a: não podemos arriscar mais nenhum experimento!
quero todos os disfarces na rua agora!
entidade robótica 3: senhor, não há corpos suficientes
no armazém para disfarces
entidade robótica 3: e além do mais, se ficarmos separados
corremos o risco de enfraquecer a colmeia!
i.r.a: dispensem os disfarces! não me faça repetir!
i.r.a: quero todos que sabem da nossa existência, mortos!
vão! agora!
i.r.a: e me tragam a cobaia 1221 com vida…
i.r.a: nome:
i.r.a: nic romero…
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