íntimo - subtil lyrics
[letra de “íntimo”]
[verso 1]
reduzo o teu rapper favorito a pó
e depois vou vendê*lo como ele quer fazer com o meu dó
ré*mi*fá*sol, só vejo artistas, de roda da herança da avó
estou a lamber os dedos, revelar segredos
conheço ciganos brancos e pretos
filhos de pais ricos, filhos sem pai
pais que metem os filhos em apertos
o brilho dos teus olhos verdes deixaram*me sem trilho
fiz o mesmo caminho tanta vez
que pra encontrar a minha a casa foi um estrilho
até andei ao milho olha onde é quе eu cheguei
fui até ondе eles queriam ir
mas ir, é fumar o que eu nunca fumei
deixei*me levar mas não me deixei ir
se tiveres alguém da minha altura traz*mo
que eu vou devora*lo com entusiasmo suficiente
p’ra que vocês entendam que até o subtil é sarcasmo
estão atrás de mim mas nem fazem um
p’ralém de sons só fazem fumo, p’ralém de loops auto*tune
deixam os putos todos sem rumo, também quero uma apolo
o meu movimento mongol
e só quero mostrar a esses mongoloides
que música é bem mais que uma clave de sol
um*dó*li*tá, palita o teus dentes p’ra lá
já que essa boca só fala de quem cá não está
porque será que eu sou ‘tão chato?
mas é a ti que eu vou ter fechar em vaco
vou encher o saco ou o pacote
dizem que não me desejam má sorte
mas não há sorte que me veja, e é preciso que eu seja forte
paciente, marcar consulta num psicólogo dormente
faz diferente, faz um corte a meio do peito e olha pra dentro
senão é betão, é cimento, senão é maldição, é tormento
senão for por mim eu nem tento, impor o meu ritmo ao tempo
[refrão]
nada no teu intimo conhece o teu índio
a vida selvagem é mais do que esse livro
não falta é pessoas que não se dão comigo
nada no teu intimo conhece o teu índio
a vida selvagem é mais do que esse livro
não falta é pessoas que não se dão comigo
[verso 2]
há uns anos atrás ninguém me ouvia
sem ser os rapazes ninguém me conhecia
apareci nuns cartazes e por heroína
ganhavam todos menos o que mais bebia
que era eu, já não sou
se o meu avô tivesse ido, fazia o mesmo
não estou a dar desculpas que é de família
a minha mãe diz que eu não tenho meio termo
e eu vou ao extremo, vou e venho
se alguém me encara, faço um desenho
se alguém me para, eu acho estranho
quando alguém fala de mais daquilo que não tem
não tenho tempo p’ra isso, prefiro o desprezo a um falso sorriso
prefiro dizer o que penso ao viver com isso
pagas o preço que eu quero ou dispenso serviço
não é difícil chegar acordo
ir a espanha também dá mais que dobro
subir a montanha não é chegar ao topo
se souberes quem és diz*me porque eu nunca soube
aqui nunca se ouve ninguém, falar bem alguém
por isso vais e vens, e está tudo bem
se dás mais do que tens, ficas a dever a quem?
é que os teus “bens” não impressionam ninguém
só pechisbeque, ouro que é ouro, derrete
nem bala de prata mata o teu ego
quando chegar a tua hora pra mim é fácil
como terminar a rimar num verbo
[refrão]
nada no teu intimo conhece o teu índio
a vida selvagem é mais do que esse livro
não falta é pessoas que não se dão comigo
nada no teu intimo conhece o teu índio
a vida selvagem é mais do que esse livro
não falta é pessoas que não se dão comigo
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