museus - rodrigo zin lyrics
[arthur “o rei caído”]
o fogo aqui não para
o fogo aqui não para
[rodrigo zin – verso 1]
parto dessa revolução, onde vi o fogo, imaginei a mata, um caixão
quem dera o humano com sangue na mão em extinção
pra cada poeta morto, uma coroação
viemos da madeira, museu ungido e de madeira
tipo “a arte não dá certeza”
viver de arte é se banhar em gasolina
abraçar o fogo gritando “salvem a natureza”
o fogo aqui não para
o fogo aqui não para
a arte morta emoldurada
na parede da minha casca
amortecidas asas
amortecidas asas
grana pra água
água que não cala o fogo da minha alma
eu temo ser fogo
pois seu beijo é arte
não seja um museu…
não quero que isso acabe
querem que isso acabe
querem que isso acabe
malditos, me toquem…
pois meu fogo vale!
pois meu fogo arde
arde feito arte
não entendem arte…
(teu museu morreu…)
desista!
teu museu morreu!
[nill – verso 2]
e a entrada tá fechada
e eu só vejo nela…
notícia sobre o fim dos dias
fechamos pra reforma, mudança de normas
só sobrou o espaço, completo com as sobras
me tiraram da minha casa e não falaram onde íamos
queimaram meus livros, trocaram meus ídolos
na viagem eu queria ao lado do vidro
mas não iam deixar? eu duvido …
enfim… grana pro meu filme e pra mim
potencial em alta, meu amor e eu, sim
antes do ódio invadir
queimaram como o sol, as paredes daqui
janelas e portas vãos se abrir
mas não me perguntaram se eu queria isso aí
não importa quem vai filmar o take
mas a minha história, eu quem vou dirigir
a minha história, eu quem vou dirigir
a minha história, eu quem vou dirigir
não importa quem vai filmar o take
a minha história, eu quem vou dirigir (yeah)
[negus – verso 3]
devolva a minha arte
devolva a minha parte
áfrica é mãe
que morreu no parto
gritando no quarto
suas pernas abrem
pedindo que parem
feridas não saram
no topo da montanha a pele preta
o que eu tenho é um sonho e a ampulheta
escopo do gatilho é a escopeta
e em meus rins: pedras de roseta
seguem calando bocas nesse calabouço
se você fecha boca abre o fundo do poço
mas se abaixar a calça a abrir mais a boca
esvazia a alma e enche o bolso
colecionando crises e cruzes
flashs e luzes
vazios: somos museus
colecionando chamas no quadro
traumas no enquadro
brasil
somos museus
me pedem água, eu pego fogo
me devendo mágoa, é o jogo
me pedindo foto enquanto eu morro
hmm-mm somos museus
[arthur “o rei caído” & rodrigo zin]
– belas palavras… mas isso não vai parar o fogo
– beberei do fogo então…
– interessante
[johaine – verso 4]
o fogo aqui não para
o fogo aqui não para
a arte morta emoldurada
na parede da minha casca
amortecidas asas
amortecidas asas
grana pra água
água que não cala o fogo da minha alma
eu temo ser fogo
pois seu beijo é arte
não seja um museu…
não quero que isso acabe
querem que isso acabe
querem que isso acabe
malditos, me toquem…
pois meu fogo vale!
pois meu fogo arde
arde feito arte
não entendem arte…
teu museu morreu…
(crawling back to you)
teu museu morreu…
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