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circo dos horrores - pelé do manifesto lyrics

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[verso 1: pelé do manifesto]
eu sempre quis ser melhor do que eu podia ser
parada de evoluir, tipo jogar pra vencer
desenrola, neguinho, já que o mundo é uma bola
pelé dava avião, mas esse aqui entra de sola
sem rei, sem reino eu sempre fui plebeu
aprendi a revidar quando a vida me bateu
nas casas de madeira, sem luxo e edredom
eles me olhavam feio, eu devolvia em som
10 vezes atrasado, meu mano, desde menino
por isso que nós corre mais que o claudinei quirino
se liga, parceiro, preconceito está no ar
porque as tia ainda gelam se nóis fixar o olhar
sem falar dos enquadro na calada da noite
remete aos ancestrais, pelourinho, açoite
mais livres que django, mais tristes que tango
pique marvin, só via carne se roubasse um frango
hoje os rap são pra dançar, pra curtir
mas calma aí parceiro, se liga que esse pra sentir
sem ouvir sem olhar claramente
pois quem é de verdade sabe quem canta o que sente
uísque na ferida, gelo no coração
bebidas e sorrisos que camuflam solidão
pessoas são de mentira e odeiam a verdade
e o mundo se resume a festa e futilidade
dinheiro e ostentação, irmão, não se apegue
que a vida me ensinou que a fome sempre vem sem hashtag
vem sem hashtag, vem sem hashtag
ah, vai

[refrão: luê]
uns querem se encontrar, outros querem se perder
num mundo onde a vida virou um cine privê
na era dos avanços suicidas
as pessoas cuidam mais do celular do que de suas vidas
uns querem se encontrar, outros querem se perder
num mundo onde a vida virou um cine privê
na era dos avanços suicidas
as pessoas cuidam mais do celular do que de suas vidas

[verso 2: pelé do manifesto]
a vida é um jogo e eu tô pelos meus
e cada quebrada é uma cidade de deus
lá onde não tem nada além da esperança
o lugar onde separa os homens das crianças
e toda hora a minha tv vai mostrando
o mundo de pecado que o dinheiro vai montando
e tem na vitrine tudo que os mano quer
um pano muito louco, vai um boot no seu pé
mas o preço é inacessível, então como é que curte
avisa pros moleques que só dá pra ter um kichute
cancela o par de nike, e os pano billabong
me chamavam de macaco, eu ataco igual king kong
então vai, neguinho, se o mundo é de plástico
da play nos rap foda e desliga do fantástico
a selva de pedra, mas eu sou baobá
uns vem ser marigh*lla outros ser marajá
alguns te admiram querem ser quem você é
outros querem sua corrente, seu relógio e sua mulher
é foda, os falso e os verdadeiro andam junto
e se não falar de festa, hoje ninguém tem mais assunto
fazer som de mensagem, a luta continua
o rap salvou minha vida e hoje eu tento salvar a sua
por isso estou no mic, tô pr*nto pro ataque
fazendo os rap foda é que vicia mais que crack
tá na mente dos neguinho em todos celular
a essência que eles buscam eu trago no dna
cria das rua de piçarra, rato de periferia
não tem muro, demorou, grafita nas mente vazia

[refrão: luê]
uns querem se encontrar, outros querem se perder
num mundo onde a vida virou um cine privê
na era dos avanços suicidas
as pessoas cuidam mais do celular do que de suas vidas
uns querem se encontrar, outros querem se perder
num mundo onde a vida virou um cine privê
na era dos avanços suicidas
as pessoas cuidam mais do celular do que de suas vidas

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