dissculpa - papamike, coy rap, guga morais & eduh lyrics
[letra de “dissculpa”]
[intro: papamike]
ahn, yo
[refrão: papamike]
bota culpa no governo, bota culpa na quebrada
bota culpa no caderno, mas não bota o pé na estrada
a culpa não é de quem veste terno (não, não)
desculpa dessas peste, lorota esfarrapada
[verso 1: papamike]
vejo a cara desses caras que se acham vítimas
desejo que quebrem a cara, se fodam na vida íntima
não tenho piedade, isso é verdade, paciência
quem merece caridade é só quem tem deficiência
você tem saúde, duas pernas e adеre
falas que ilude е te hiberna nessa de tom de pele
mais escuro, não seja burro, para e *n*lise
escolha um alvo, dê um murro, só se especialize (ahn, ahn)
o brasil é uma terra de gente incompetente
na sua área não terá guerra se for eficiente
sua chance berra, então me erra, não reclame (ahn)
no tatame, dê um kamehameha, pique mestre kame
se fazer um exame no seu dna
pode ter mais sangue europeu que pode imaginar (ahn)
é mestiço e compra treta de apropriação cultural
e quer mamar na teta do governo federal
sou preto, vim do gueto, meto enredo nos tambores
no pagode, mano, acorde, esqueça dessa de cores
veja empreendedores no mercado de ações
reclama da vida e nem sabe o que são bitcoins
[refrão: papamike & coy rap]
bota culpa no governo, bota culpa na quebrada
bota culpa no caderno, mas não bota o pé na estrada
a culpa não é de quem veste terno
desculpa dessas peste, lorota esfarrapada
bota culpa no governo, bota culpa na quebrada
bota culpa no caderno, mas não bota o pé na estrada
a culpa não é de quem veste terno
desculpa dessas peste, lorota esfarrapada (yo, ayy, ah)
[verso 2: coy rap]
mimimi, mano, eu já cansei de ouvir
dificuldade é não ter um braço e pintar quadros com pé
é, ‘cê vai desistir, pensa bem nisso aqui
só vence nessa porra quem não larga o osso sem migué
na verdade, eles são vítimas por tudo
pela falta de coragem e falta de conteúdo
“eu defendo a educação, mas não aplico isso na minha vida
não conjugo um verbo certo e num livro não dou uma lida”
eles querem um bom ensino, mas criticam a disciplina
louvam não ter estudado e só cheirado cocaína
meu rap é a vacina contra o fracasso autoestimulado
eu mato o arrombado que quer o jovem jogado
nesse mundo ilusório culpando o governo por suas mazelas
“boa noite, cinderela” e a ideia é sempre aquela
fecham os olhos, tapam os ouvidos e abrem a boca
e latem mentiras igual cadelas
[refrão: papamike]
bota culpa no governo, bota culpa na quebrada
bota culpa no caderno, mas não bota o pé na estrada
a culpa não é de quem veste terno
desculpa dessas peste, lorota esfarrapada
bota culpa no governo, bota culpa na quebrada
bota culpa no caderno, mas não bota o pé na estrada
a culpa não é de quem veste terno
desculpa dessas peste, lorota esfarrapada
[verso 3: guga morais]
chegou dando desculpa, se preocupa se vai dar certo
só se ocupa com ideia maluca se achando esperto
de onde você veio também veio um advogado
um médico e um farmacêutico, e também um delegado
mas você não, mas você não, pra você não, pr’ocê não dá
só eles tiveram a chance e o privilégio de estudar
a escola é pública, sua mente abúlica, você não entende
não me compreende e se não estudar você não entende
vitimista que chora, mimimi que decora
e você que dá “dissculpa” tá fazendo o que agora?
tá plantando pouco e tá querendo colher mais
estaria colhendo se falasse menos e fizesse mais
“mas não dá certo pra mim, sou pobre e moro na favela”
prazer, dr. gustavo, e eu também venho dela
meu pai não pagou a facul’, minha mãe não teve condição
eu que bati no meu peito e corri atrás da minha profissão
escolhi não dar desculpa, escolhi seguir o caminho
não souberam acompanhar e eu escolhi andar sozinho
se eu fizesse corpo mole me vitimizando
ainda estaria estagnado numa vida de merda reclamando
[refrão: papamike]
bota culpa no governo, bota culpa na quebrada
bota culpa no caderno, mas não bota o pé na estrada
a culpa não é de quem veste terno
desculpa dessas peste, lorota esfarrapada
bota culpa no governo, bota culpa na quebrada
bota culpa no caderno, mas não bota o pé na estrada
a culpa não é de quem veste terno
desculpa dessas peste, lorota esfarrapada
[verso 4: eduh]
hoje eu sou eu mesmo e isso te incomoda
o branco mais negro do brasil na federal sem precisar de cota
agora a militância nota e anota cada passo
ideólogos, nos ideais não foram ultrapassados
perdi amigos, segui sozinho, afastei as minas
mudei de vida, encontrei cristo
sei bem que é difícil, sempre será
ou você agrada o mundo ou agrada a deus, os dois simplesmente não dá
o que você escolherá?
grito bem alto: “um foda*se o mundo moderno” (foda*se)
permaneceremos eretos, solitários se for necessário
em meio às ruinas deste inferno
eu sei bem o que quero
como sertillanges na vida intelectual
morrerei buscando a verdade das verdades
este plano não me engana (não), eu sei bem o que é real
e eu não irei me arrepender de ter que abdicar
desses prazeres mundanos que só querem me cegar
que só querem me atrasar
por isso que eu tô com a tropa pr*nto pra te afrontar
[refrão: papamike]
bota culpa no governo, bota culpa na quebrada
bota culpa no caderno, mas não bota o pé na estrada
a culpa não é de quem veste terno
desculpa dessas peste, lorota esfarrapada
bota culpa no governo, bota culpa na quebrada
bota culpa no caderno, mas não bota o pé na estrada
a culpa não é de quem veste terno
desculpa dessas peste, lorota esfarrapada
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