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ideologia - oriente lyrics

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[intro: chino]
tô pensando comigo mesmo…
será que deus faz uma troca?
leva todos os “maluco” do restart e traz renato russo de volta?
leva akon e traz bob marley?
leva fresno e traz sabotage?
leva luan santana e vem o bradley do sublime?
leva sean kingston e traz de volta 2pac?
tipo promoção levar todos os “maluco” do sertanejo universitário e voltar com chico science
trazer raul seixas no lugar da banda cine
trazer mamonas no lugar do justin bieber
vai se fuder, sou imparcial, e agora a contracultura chegou
e se o cenário musical tá uma m—-
eu taco merda no ventilador
e se nasci num orfanato de ideais
os meus sobrevivem nos interlúdios
e a cada segundo tem mais um mc
um beat maker e um home studio
e o exército se reúne a industria frágil
pois nossa geração não se limita a nada
“simbora” molecada, vamos invadir o rádio
nossa revolução será televisionada!
um mundo sem ideais é como um corpo sem coração
coisas muito normais, já não o satisfaz
valores virtuais se perdem em meio à liquidação
se oriente, rapaz, aqui jaz a ideologia de uma geração

[verso 1: chino]
desde moleque ouvia planet hemp e raimundos
que pra mim fizeram parte da evolução do mundo
tanto quanto einstein, stephen hawking ou steve jobs
notorious, 2pac, sublime, jim morrison, snoop dogg
sabotage, speedfreaks, mano brown e manu chao
mamonas, legião, barão vermelho, raul seixas, charlie brown
tom zé, geraldo azevedo, de caetano a pink floyd
gil, mutantes, reggae, rap, prog, dub, punk rock
bob marley, peter tosh, chillout, moby, nate dogg
incorporo todos os mestres pra fazer meu hip hop
o mundo ficou mais rápido, frágil e amedrontador
gritos simpáticos, estáticos, do fundo dos olhos de um robô
somos o exército prático, tático, e a contracultura chegou
achamos o calcanhar de aquiles
do master system num vírus de computador
em formato mp3 pra cês ouvirem todo dia
se preparem pro underground mostrando ideologia

[refrão]
ideologia, eu quero uma pra viver
(babylon, babylon, babylon, babylon)
ideologia, eu quero uma pra viver

[ponte: chino]
tamo aí pra reviver, pra matar e pra morrer
rap em cena, contra o sistema, dou meu sangue pra escorrer

[verso 2: beleza]
com whisky ouvindo blues, na praia escutando um reggae
o rock com s-x and drugs, o samba desde moleque
do cinema veio o jazz, pra roçar nas mina o xote
se abriu o mar de moisés, quando veio o hip hop
(e agora?) agora sim o horizonte se abriu
covarde a cara cobriu, e o mundo descobriu
que estamos pr-ntos pra revolução
morrer jovem como jim morrison
morre o homem mas não morre o som
mais uma vela, uma gaita, um tambor
a lua bela que inspira o amor
vale bem mais do que a mudança do meu estilo
os ideais, não morrem, jamais à margem do rio nilo
nem na beira do abismo, nem na asneira do n-z-smo
nem na porra do modismo, do anti-patriotismo
babilônia te ilude, te confunde e te confronta
eu viro as costas, boto um som, pego o meu copo
e acendo a ponta
é um ponto luminoso no escuro
pensando no futuro
será que vai haver lugar seguro?
a cabeça que já não tem parafuso, eu perfuro
eu juro que um dia vamos derrubar seu muro

[refrão]

[verso 3: nissin]
eu sei que os tempos modernos te deixam confuso
mas eu sou tipo charles chaplin soltando seus parafusos
o escritório é na praia mas eu não sou o chorão
que é tipo strogonoff, não é tão bom sem champignon
final de ano, novembro, mc na malhação
piscina cheia de ratos, bete balança o chandon
somos a gota na nascente, sentido através da arte
porque hoje matam gandhis, antes de virarem um mártir
se diz: penso, logo existo, quem pensa é a menor parte
falam muito de jesus, mas tão mais pra bonaparte

[verso 4: filipe ret]
não é pra quem tem, é só pra quem é, aceita
quem subtrai, nem vem, não mexe com a seita
oriente, “belê”, mãoli, brasom
a intuição me guia, a razão só enfeita
diz aí, bam bam bam, quê que eu sou pra você?
se eu morresse amanhã, tu me diria o quê?
eu vi jim, o rei lagarto, pr-nto pra me
falar que as portas da percepção vão abrir

[verso 5: shadow]
de cabeça erguida, brinde
eu vim de onde a vida é ringue
rima que suinga, pique bruce lee
soco de uma polegada, homem-bomba estilinga… bum
ideais, quero ver quem mais raciocina
quem espera, erra, a verdadeira guerra é interna
lírica obra-prima da loucura me define criador
hoje sou minha própria criatura

[verso 6: filipe ret]
às vezes, penso que a dignidade do homem
parece que foi leiloada
violência contra os idosos, doente na fila, polícia comprada
juventude perdida, gente sem comida
jovem com barriga, vida com ferida
intriga, nessa corrida, será que esse beco
ainda tem uma saída?
eis a questão

[refrão]

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