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má é do bom - ogre lyrics

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[letra de “má é do bom”]

[verso 1]
eu queria me’mo é fazer uma coisa p’ra mim, orgulhar a bessa
quero dar risada sem parar
ter o que comer, ter o que beber
cochilar na praia, jogar fute com os meus amigos
ser feliz
eu sou robertina, minha mãe não se decide
roberta, diamantina, ficou robertina mesmo
tenho onze anos, quase doze, sou a chefe dos meus bróder
‘tou descendo a favela, ‘tou chutando minha bola de futebol
meu time é perfeito
nós é:
ademir, gerúndio, josué
aldoendo, robertina que sou eu
aldoendo de verdade se chama aldoindo
mas ficou doendo por causa de um estrepanço genial que lhe aconteceu
descendo as escadinhas da favela, correndo feito um cavalo
veloz sobre os degraus e uaip!
escorrega na água de sabão da óróra lavadeira
e vai por ali, rebolando, rebolando sem parar
berrando feito um louco, chamando pela mãe
só parando mesmo no hospital
e nós sem largar ele, morrendo de risada
risada de doer na barriga, e ó, resultado:
uma perna quebrada em dois lugares, um igualmente o outro
e o orgulho nos lugares todos

[refrão 1]
ó meu sinhô, quer bala, bola, chiclete?
meus artigos são de primeira, me compre
pode me confiar!

[verso 2]
a órora, esse mesmo dia, adquiriu um carro por mil reais
foi na cidade, bateu com o carro, e aí foi perda total
é… o urubu tava mesmo dando em cima, eu hem?!
mas a mulher é linda sim, mas a mulher é linda sô
a mulher é linda sô! a mulher é linda sô!
bonitona, marmelos e bunda capaz de acolher nós todos e mais uns
mas na minha modesta opinião precisa de mais uns issos e uns aquilos
a nível de relacionamento
outro dia ‘tava lá berrando com o home dela também
ó home mais molenga, mas boa praça, seu corticoide pobrizinho
não sei se é nome, apelido ou sobrenome
e a gente escutando a berraria, assustando os passarinhos:
e isto e aquilo e aquele e o outro
e aí nós

[refrão 2]
ó meu sinhô, quer bala, bola, chiclete
bolinho de chuva, uma história?
meus artigos são de primeira, me compre
pode me confiar!

[verso 3]
você me deve consistência, você me deve dedicação
você me deve um dedo, dedo duro de roer
você me deve *rg*smos psicadélicos
*rg*smos anos setenta, multimédia!
a mulher berrando lá e o seu corti, bem de mansinho
feito ruído defunto:
“ó órora, você bem que podia ter a gentileza de calar a sua boca”
e ela zum zum zum, zum zum zum
zum zum zum, mais zum zum zum
tome lá zum zum zum, zum zum zum
zurzindo ele, e nós:
mas o qué qué isso, gente?
e o seu corti fugindo, de língua de fora
aterrando no boteco do geraldo quintino
e nós: vai lavar as mágoa, é? vai encher a cara, hem?
que [?], seu curti!
a gente lhe provocando a paciência
e o curtico vermelho de cachaça e de vergonha, eu hem?!
gente grande é uma baderna
gente grande é uma baderna
gente grande é mesmo uma baderna

[instrumental]
[vocalização]

[verso 4]
virge maria, cheia de graça
minha senhora pairando nos céus
bendita minha mãe, linda de morrer entre as mulheres
olha p’ra nós, gladiadores
agora, depois e depois e no passado também
amén!

[refrão 3]
meu sinhô, quer bala, bola, chiclete
bolinho de terra, uma história?
pode ter a certeza, meus artigos são de primeira
pode confiar!

[verso 5]
olha lá a policia, vem de lá a policia
venha de lá a polícia, não vem que não tem polícia
polícia militar e o rogério capitão, capacete penico
o cia mais o bope, caveira!
bala canhão
e nós, valentes e guerreiros
fogo no pé e no coração, coragem de leão
e sobre a gente o sol
muito hot em baile funk furioso
e é isso aí, minha gente!
agora vou na praia jogar fute, meu time é perfeito
nós cinco, mais o mundo inteirinho olhando nós
“as arvi somos nozes”

[outro]
para comer se o má, se o má é do bom
para comer se o má, se o má é do bom
para comer se o má, se o má é do bom
para comer se o má, se o má é do bom
para comer se o má, se o má é do bom
para comer se o má, ai, é do bom
para comer se o má, se o má é do bom
para comer se o má é do bom

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