tríptico - nerve lyrics
[intro: sam the kid]
shout out para o nerve
mandei mensagem ao nerve e tudo, boy
(mas já ouviste?)
boys não perguntam nada e eu mandei mensagem ao boy
o boy está a escrever bué
eu disse mesmo boy, ya
boy, a escrita dele está incrível
está num nível único e espetacular e inspira*me
sendo uma cena que não tem nada a ver com a minha cena
[verso 1]
ver se não tropeço em tubarões enquanto caminho nas águas
colho a rima fruto de rotinas árduas
previno as almas: não por via nasal mas
mando linhas que linhagens hão*de ouvir nas aulas
(estuda essa merda.)
criar a partir do ar que poupo enquanto fumo (verde)
vida negra como pano de fundo (sempre)
a calcular o quanto duro. lado*a*lado, os inimigos
mini*me’s são tu*cá*tu*lá com o sun tzu
mano, juro, és tão azeite
tuga aceita só p’ra rir mas, som de jeito
creio que ninguém planeie que mandes um
“gainsbourg.” – se me canso, ela põe os fones
o flow continua foda enquanto durmo
portanto, numa de: sou só eu mas vou mudando de turno. (gang)
queimando mundos. água pouca em brando lume
foca nisto, vai aumentando zoom. sou um bicho
“nada mal, dude era só fã de matozoo.”
vê como eu ‘tou “yoko*zoona”
quando o som na coluna surge
eu venho e estendo as mãos aos céus
espremo o sol e mando sumo
o céu me assuma
porque eu não nasci do solo onde essa plebe implora chuva*santa
cada vez que o supra*sumo começa purga
é… não bato bem mas parto*te com a caneta
deixo sangue no papel, como pacto com o capeta
(eish…) é bom parar conversa. (convém.)
posso dizer quem sou ninguém
mas faço*o com caretas
é como falar com o manson
[refrão 1]
ver se não tropeço em tubarões
enquanto caminho nas águas (fode*te.)
mano, por mim, nem há conversa
colho a rima fruto de rotinas árduas (morre.)
é como vir falar com o manson
charlie manson
charlie manson
charlie
por mim, nem há conversa
enquanto colho a rima fruto de rotinas árduas. (fode*te.)
é como vir falar com o…
[bridge]
– quem?
– quê? o que é que tem?
– epá, tu às vezes, man…
– é… é só… é só uma referência
não tenho de compactuar com a cena…
– certo, mano… mas não… mas não
– … é só uma versão romantizada
mas ‘tás a limitar o artista, olha aí…
– quando é que começaste a fumar, hoje?
– que é que isso tem a ver?
[verso 2]
bem cedo acendo, sendo assim estufa
bebo. álcool vai foder*me a mistura
(não. é o fumo.)
liga a luz (liga) negra, visto que tu não…
(tu não estás.) tu não estás a… a ver a pintura
natureza morta. é uma pena e pêras
tenho toda a riqueza em tempo e temas
(sou) bera e besta. (as) vozes na cabeça falam
só não dizem “espera e pensa”
se eu não fizer diferença, peço imensa
licença mas ‘tou fora, sem fé nesse intenso afecto
vindo dessa multidão imersa em medo, peste e sede
no palco, não há quem peça esquecimento
aponto ao sol: “isto é cinzento.”
ganho um décimo do teu ídolo que, só a propósito, é meu fã
não me importa o que quer que me queres dizer. (fode*te.)
penso que o velho no meu espelho não quer viver
(só) passa o tempo e ainda lá está
(splash) debaixo de água é onde um gajo ‘tá (fixe)
peixe à frente da minha cara, parece que faz parte
acho de facto insulto, tipo haxe caro
ter o nome num cartaz em tour sem ‘tar esgotado
(“como assim?”)
depois de mim, quem chegar já nasce tarde
até que um dia em paz parta
nosso senhor satanás sabe
(deus nosso senhor satanás.)
não te passa por onde vou
nem faço caso da farsa do fogo
tolos falam de acordo com a crença
de que somos todos da letra
a não ser que eu esteja presente
nesse caso falam do flow
[refrão 2]
(falam do flow. ainda assim…)
o céu que ensinam tenho na sola
qualquer um. eu digo isto a qualquer um, nesta sala:
nisto, eu fodo*te
o céu que ensinam tenho na sola
poupa*me às aulas e eu poupo*te
mas se me aprouver
eu fodo*te, nisto
o céu que ensinam tenho na sola
qualquer um. eu digo isto a qualquer um, nesta sala:
nisto, eu fodo*te
o céu que ensinam tenho na sola
poupa*me às aulas e eu poupo*te
ao tiroteio na escola
[bridge]
normal que não gostem disto. é só sinistro
vir logo de início a laminá*los, tipo o yoshimitsu
eu fodo*te, nisto
chapada de quebrar mandíbulas
acham*se líricos porque sabem contar umas sílabas mas…
[refrão 2]
eu fodo*te, nisto
o céu que ensinam tenho na sola
qualquer um
eu digo isto a qualquer um, nesta sala:
nisto, eu fodo*te
o céu que ensinam tenho na sola
poupa*me às aulas e eu poupo*te
[bridge]
– vá… vá, é só mais um
é só mais um do il*brutto e a seguir vamos fechar…
– este segmento…
– ele produziu tudo. imaginem para escalpe…
– …chama*se “táxi”
– …mas não lhe peçam beats
ele anda demasiado ocupado com coisas mais importantes
não sei se me faço entender
e agora:
voltei, querida
voltei, a esta vida
(um dois, um dois.)
voltei, querida
estou tão feliz por te ver, odeio estar aqui
se eu pudesse iria embora agora
[verso 3]
se a vida é pêga, venho pelo que proporciona
na segunda ronda, ainda a tentar arrancar um porquê da cabrona
doutor, é um amor estranho, aquele em que amei a bomba
nunca a meia*bomba, porém vejo que não bastei
paspalho
não aprendo quando erro
tento mas falho
ressabiado até ao caralho
sou cáustico
do tipo que, do tinto, caminha torto
o mais próximo que elas hão*de chegar de um bukowski
vivo e ainda novo
‘tou fácil
demasiado, ao m*n*sear o machado
ninguém é perfeito mas ya, eu ando a achar*me um achado
é quase isso
saio da relação na lama (outra vez?)
num mês, uma legião na cama
para me lembrar que sou macho
um básico
quem nunca?
é. se calhar, sou gajo
sorte, volta e meia volta e vem, para assassinar saudades
o clássico:
querida, esqueci o teu nome
acho que vou chamar*te…um táxi
e não é preciso
isto não é preciso
vai dar ao mesmo, tipo o risco num disco
(diz que) dou p’ra rijo, finjo que nunca fiz um
diz ‘cês sabem
um dois, um dois
não é preciso
(olha… olha, desculpa)
isto não é preciso
(temos de acabar.)
eu não me quero perto de mim
é foda, o que a palavra f define
agora é f de fim
o clássico
(olha, desculpa. temos de acabar.)
um dois, um dois
(estamos sem tempo.)
eu sei
(temos mesmo de acabar.)
um dois, um dois. um…
(olha…)
já sei
(temos de acabar.)
já sei
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