indiferença - nego max lyrics
2013, século xxi. terceiro milênio, novo
povo incrédulo, escravo em meio as trevas
nesse pólo, sol que me -ssola e me -ssolo nesse solo
só obra… sobra cobra em pele de eva
sem sereno, o terreno é ermo em meio ao mundo moderno
interno da ala enferma por morar no meio termo
o interagir frio, faz de nós monstros de carne e osso
desacordado concorda, quando acorda, tá com a corda no pescoço… osso
princípio destorcido se torna álgebra
fórmula à venda. nó na venda impede o erguer da pálpebra e enxergar
sentir antes de pensar – tratamento
(mas) no momento, sanidade em coma num chão de lamento
sem sentimento, o esquecimento se engedra
nessa selva de pedra, aço e cimento
vazio no corpo, olhar torto. indiferença
de quem não se relaciona e coleciona desavença
condicionado a não observar, e sim, a ignorar
alguns até se comovem, mas não se movem pra mudar
pensa (em) quanto pesa a crença sobre a sentença
incoerente à existência, mirando a sobrevivência
procura alguém pra culpar, pretensiosa ignorância
ao endurecer, não vê na margem á imagem e semelhança
até onde alcança a visão (da) imunda mudança? mundão
apocalipse… eclipse… descer pra baixo a noção. ação!
sob as correntes que me fazem ausente
lamentando o indiferente. meio dia, apollo abate a cria
ao perder o elo busca o amparo vazio
a vida é um rio, irmão, não é a ilusão de bater o martelo
ri depois quem ainda chora pelos motivos certos
o poder é a atenção, mas pelos motivos certos
uma hora o salão esvazia e a festa acaba
e eu to lá… todo mundo acorda são, e eu to lá…
engorda de demônio os bicho solto, mar revolto
tira, torto o que conspira… tiro uma briza nos outros
cara de ontem, motivo de monte a quem me vela
é o jogo… em alguma hora se volta pra cela…
e acho que ainda não entendo ao ponto de aceitar
só pode. mas só sei que ele volta pra me buscar
e dá ânsia pensar em voltar. tudo nada fez diferente
me ausentar… minha mente anda escura demais pra habitar
não tá disposto a mudar e se ver fazendo o mal pra quem você ama
e vice-versa, faz a interação matar, nós
vários sente, eu to ligado. não é ousado viver em função do sentimento
pelo menos não deveria
o único fundamento – comunhão. mas não
indiferença ao ego morto. a consciência não me ergue o corpo
mais um réu de alma ás avessas…
cuspindo o fel sobre o céu que é de papel e a vida que vive com a cabeça
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