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produção em massa - monna brutal lyrics

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no mais eu te conto, várias fita na pista
as feridas no rosto
a mazela na mente
eu pressinto quem mente
sigo habitando o morro

jova
instalada no berço ao qual fui criada, instruída
desde 1997, a peste se multiplica
sigo avante
embatia até mesmo antes de saber nomear
todo esse ódio mirado na cara do povo do lado de cá

vim te lembrar, que as ruas ainda sento todo peso
do medo e da fome, desprezo e a morte, metralhas em carros a nos vigiar
qualquer vestígio, de felicidade incomoda não deixe provas
eles querem meu sangue, elas querem minha queda
minha vida te choca

foda*se
não faço promessas, um objetivo é proposta
pois a vida é uma grande certeza que eu sempre recuso tratar como aposta
eu sinto em dizer, mas muita aconteceu no trajeto de lá pra cá
e pude notar como tudo é tão podre por isso eu decidi me trancar
desenrolar meu segundo álbum esse é o “lado a”
quatro dias de gravina, e a sina que fica é poder trampa
independente, de gravadoras, contratos, condensadores
contatos, investimentos, permuta, espectadores
tudo belo, junto de um discurso falso de levante
porcentagens abusivas, prestações irrelevantes
a lavagem
que branquelo
tentou jogar na minha boca
pra fazer eu pensar que precisasse de contrato com uma gravadora
mas com as preta, não entregam nada como investimento
pega os créditos, faz de token, e chama de fortalecimento
fazemos tudinho, com conhecimento de prática e ancestral
vejo muito gangsta de ap, eu te apresento o rap de quintal
compartilhado com mais 4 casas, paredes geminadas
fiação bugada, mas mente focada em chegar até o final

nós queremos a grana, é fato
mas nunca foi pela ostentação
saúde pouca, alimentação baixa
me diga onde está o inferno então
perdi as contas de quantas perdas
e sigo cabreira desde então
em terra de rap hop hari, nois é raridade de expressão

eu estou ciente desde que me vejo gente
que a produção em massa sempre exige um padrão
cash é bem gostoso, mas eu não me modifico
sigo sendo real rap não nasci pra ter patrão
a fome machuca, mas dignidade preenche
quando o peito sente o peso da marginalização
eu reclamo pouco tento adiantar meu corre
pra salvar quem for possível dessa maldita função

eu cortando peças no cozinhas
pensando no lucro, criando visão, de escape e pausa do corre
escorre a forte impressão de pressão, se o mal se achega
me mantenho forte e desvio já que vivo na contramão
já nem costumo achar ofensivo notar tudo indo em mesma direção

não sinto atração, por coisas estéticas
eu sou quebrada
o laços, que liga os meus e as minhas na vida e cria um grande embaraço
um salve a todes
que ultrapasse a utopia
do sorriso ser nosso fato
e aos preto que sobre dinheiro
e falte segurança em qualquer mercado
sigo indo independente, de fobias inconsequentes
moralismo assassino e white
o clima tá sempre tenso
sente

qual o sentido de voar nas asas de um livre arbítrio ?
é sobre vida e morte, espaço
isso é sobre gente
fazendo meus corres vivo a sororidade com a vizinha
eu viva sou possibilidade de vida pras criancinha
recebo olhares de questionamento, e imagino as resoluções
é pelo gueto, não somos só números
sigo firme na missão

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