heróis do mar - johnny virtus lyrics
[intro]
heróis do mar, n0bre povo
nação carente, imoral
levantai hoje de novo
a vergonha de portugal
[verso 1]
heróis do mar
tudo começa no fim
a crise imediata
valor perdeu*se numa nação cheia de piratas
valorizam mais em terra os vigaristas
foram para o mar os capitães
e ficaram os capitalistas
a contemplar o que há numa pátria morta
valentes de outra forma
e cobardia é não fazer batota
importa o prejuízo e outros ideais
já não há nacionalistas, somos multinacionais
somos nómadas europeus, num adeus à solução
e o restauro da ruína é exploração
jogo do lixo
quem não come está mal
sindicatos nem vêm ordenados de empregos no jornal
propagação de empresas com direitos tortos
que só assinam full time em contratos com decotes
profissões por contactos de intelectuais
carteiristas de empregos com grandes carteiras profissionais
e mais submissão na procura de um ofício
e dão te por boa cara mas tiram*te o princípio
tou num biscate, na minha vez pacato
no fim do mês
mas é preciso o chef ser francês
calem gravatas, ponham na rua o microfone
são mais aldrabões do que créditos por telefone
contra senso quando há um lado bom que se vê
o povo empresta orgulho mas acaba como o pcp
não há almoços pagos daquele lado
o protesto alivia, mas fica arquivado
justiça, só cheira a guita num processo ocasional
e quantos morrem sem saber que ainda tavam em tribunal
e o nosso tributo é o luto do vosso enterro
não são humanos, são enganos
eles não erram, são o erro
fechem logo a porta mal aberta
para mal recebidos
e deixem o fade out porque acaba aqui
acaba aqui
[refrão]
levantai o vosso punho e vão
contra tanta obrigação sem um motivo
e se o nosso povo é vivo
eu continuo ativo no manifesto
e não nos camaradas da continuação
levantai a vossa fúria e vão
contra tanta humilhação sem um motivo
e se o nosso povo é vivo
é daí que eu derivo
não dos heróis que não cumprem missão
não
[verso 2]
desculpem o receio do fim
já estamos no meio
e não anseio a desgraça
ainda há subsídio no correio
obrigado por sangue frio
tiram*me um décimo do sono
há mais gastos no envio do que o dinheiro do abono
parlamento apanhados à toa
e lá nem há moeda ou há
porque querem todos coroa
descontar nem é fugir
nem valem de preguiça
não há dinheiro na tuga, está tudo na suíça
o que circula aqui é outra frota
e geograficamente só as cunhas fazem rota
engenharia há um dia
a nossa vida é um imposto
eles não infringem leis
cumprem leis do menor esforço
políticos comerciais tipo filmes de passagem
eles atuam por dois dias
e o resto é só montagem
na cidade eles só dizem felicidade
não é por uma [mocidade?] é só pela publicidade
a caminho do progresso a estrada é estreita
mas o ministro não ultrapassa
está sempre na direita
aspetos, medidas que não referem
que a constituição é um dicionário
só procuram o que querem
sistema não vale um cavaco, nada
eu não afino travões, esta merda está parada
já possuímos, já vimos lugares não conquistados
estes heróis do mar qualquer dia morrem afogados
já não há heróis do mar
[refrão]
levantai o vosso punho e vão
contra tanta obrigação sem um motivo
e se o nosso povo é vivo
eu continuo ativo no manifesto
e não nos camaradas da continuação
levantai a vossa fúria e vão
contra tanta humilhação sem um motivo
e se o nosso povo é vivo
é daí que eu derivo
não dos heróis que não cumprem missão
não
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