calamidade - iku the kid lyrics
[letra de “calamidade”]
aceitei minha missão
a calamidade tá nas minhas mãos
a neurose que consome o meu som
meu mano, eu sou sangue bom
mas também sou sangue ruim
perante a dificuldade que nós vê quem é irmão
aceitei minha missão
a calamidade tá nas minhas mãos
a neurose que consome o meu som
meu mano, eu sou sangue bom
mas também sou sangue ruim
perante a dificuldade que nóis vê
eu não vou gastar mais palavra
pra falar com esses filha’ da puta
nós vai beber o teu sangue se pisar na arapuca
enquanto à liberdade
não cantar pro mеu sorriso
vou cantar pra essa dor
que sufoca e mе machuca
esgotaram todos os “mate ou morra”
liberando os demônios na masmorra
talvez tarde demais pra desculpa, nessa porra
e já que eu cedi pro ódio, nêgo, sugiro que morra!
são meia*noite
me ilumina no clarão da madrugada
não me deixe errar nem mais uma bala
nem mais uma falha
eu sei, eles querem um motivo pra poder roubar minha alma
as ruas me veneram, a revolta me abraça
mas quem sabe meu nome, quando e como eu acorda?
planos incompletos, pra encher a mesa
eu sei quem tá no barco e quem vai roer a corda, porra
longe da serenidade
me esgoelando pra fugir da porra dessa sombra
muitos eu vi caindo na minha frente
por que não aguentaram o fardo das vozes
passos velozes, curva da realidade
almejo futuros melhores
pratos melhores, dias melhores
que assim seja pro meu filho
a faixa mais real, que a burguesia não compra
a amizade mais leal, que apunhala as costas
se acostuma geral, com o que eles te mostra
vou pro inferno, e volto tipo um deus da guerra, porra
minha velha pergunta: “por que eu sou tão revoltado?”
minha velha ora por mim, porque dessa noite eu não passo
dependo de um cigarro pra poder ficar mais calmo
eu luto com meu cerne pra poder ficar mais brando
eu luto com o destino pra viver mais um pedaço
mesmo sabendo que meu tempo já tá esgotado
eu sei que algum dia eu vou chorar
por não saber valorizar o que você tem me falado
nêgo, foda*se o refrão, mensageiro tipo exú
o saci tá rodopiando, brincando com o teu ego
a velha bruxa sussurrando, botando mais medo em tu
rimo como se tivesse aberto a caixa de pandora
agora os gritos saem da alma, daqui eu só ouço as palmas
de todas as personalidades que criei
hoje, eu sou o rei cego, oden banhado no dendê
não entende minhas rimas, na moral, vai se fuder
quanto tempo eu demorei pra falar o que eu quero
e se não me entendeu, essa visão não é pra você
misturado na alquimia, eu sou homúnculo
as tias se assusta com as tattoo do cabrunco
eu juro que, todo ódio vai virar amor
nem que eu tire as defesas de toda minha flor
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