boa pergunta - horus p & buda xl lyrics
[letra de “boa pergunta”]
[verso 1]
trago um fado em notas sem duplicado
passado que não apago, dogs têm faro
mas eu tou far away, em alcateias sem lei
plateias sem label, banquetes sem rei
rap night and day que já não distingo
graffs que pinto são tumulto dum vulto
que retrato no labirinto entre fazer disto low cost
‘tou faminto mas quero qualidade na dose
dualidade do cross, money, money hipnose
era verde eu verbalizava buéda tosse
escolho assim, temática overdose
é assintomática a eleição do boss
quem não deve, não rеceia
massa cinzenta é a única colmeia
tеm zumbidos que zumbem p’ra amigos
paranóia p’ra detonar os rastilhos
se sondas e rondas p’a ‘tar de trombas
não vais comer das minhas gomas
sou do mato não de viveiro
muito pato molha o bico com tanto cheiro
isso é veneno como falta de cultura
a minha street deu me a primeira licenciatura
não contes ao vizinho quem abriu a fechadura
memória fotográfica com lábia á mistura
[verso 2]
ela já ‘tava torta aos 17, olha como ela arrota
barriga cheia mas sem dad
até que o feto acorda, trago aquela finesse
mas a minha ex é granda b*tchass
fundamentalismo ‘tá errado
vi o idiota cercado, por ter copiado as ideias de algum lado
usa french fries, big fellas
know all the guys onde kilos levam ao paradise
medo é p’ra quem liga ao size
garrafada, role the dice
cap size mas não é do tamanho do boné
red na head, não ‘tou red nos eyes
e até sinto que a cevada bate bué
e levita, tu ‘tás a fazer tracks p’á pita
mas aqui nem ‘tás sh**rmano
reality show onde vocês dão grab and go
ah, o problema é o meu flow?
bonecada do anime, no contentor a fazer conteúdo clean
devias de ir à knockout ou p’ra think music
mano, eu já ‘tava out antes de fazer c’o mano fat a primeira music
não sou bandido nem dread, sou wu tang clan
“não rimes em inglês” diz o eminem sam
mas eu dou essência o plano da fam
onde cuspir no prato nem um redneck
o capela diz que cuspo p’a todos os lados
os meus sons deviam ser mais direcionados
eu vejo os selecionados grifados
tirando o nerve e o tilt, ninguém escreve p’a estes lados
falando de cenas sérias
suas bactérias, playbacks sem láferias
vivi na quarteira e também lá passei férias
no verão não há rédeas
comer tudo aos turistas p’a ninguém passar misérias
na amadora vivi o afro e o funaná
onde clima ‘tá sabi até ser produto, de jah*jah
de cinzas nascem pintas e eu a caminho dos trintas
identidade vem da barracada e dos eremitas
os nossos cotas tinham rock, soul e jazz
o meu stock nem chega ao final do outjazz
olha o vinho, é do wood sem copo
we are the children, mas pitamos bitoque
“quem passa fome?” noticias da semana
preocupados a discutir quem vende a melhor liamba
não entro na foto porque tenho a perna bamba
trabalho toda semana, mas p’ó carai
já tive a uma semana de ir de cana
quem sabe fazer nem faz fama
se morrer nem tem drama, nem tem dama
diz lá quem difama e faz melhor
isto é uma bifana, mas tem carne da dior
[outro]
voodoo é mary witch mas eu chulo os xakais, e puxo drifts
queres gourmet ou pass vits? isto é cultura e movimento
visto preto, senão o luto pela cultura era fraudulento, fraudulento
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