coplas pra um pobre domero - gustavo martins gm lyrics
noite feia de chuva guasqueada, mês de julho, inverno brabo
em frente ao quebra*logo relincha um potro bragado
arrasta a cola provando o buçal e o cabresto torcido
se assusta do poncho que balança por riba do basto estendido
um buenas noches é saludo pra o pulpeiro
paisano simples adentra arrastando esporas
traz as mágoas que juntou campo afora
pra relatar junto ao balcão do bolicheiro
índio pobre com as botas cano furado
melena larga e a barba por fazer
sente prazer em golpear um gole amargo
da canha braba de benzer taura judiado
entre as prosas e risadas da gauchada
se vai a noite que ainda segue chovendo
o paisano sabe que é longa a estrada
e da sina potreada lhe resta seguir bebendo
estiou a chuva, acerta a conta e vai embora
já está na hora que a pegada é bem cedo
acende um pito e ata a boca do bragado
já emponchado e o potro segue com medo
deu um coice e se arrastou frente ao bolicho
se assou do rabicho de se quedar esperando
mas o paisano que é dono do seu basto
fez o potro corta o rastro, e ainda largo pitando
entre as prosas e risadas da gauchada
se vai a noite que ainda segue chovendo
o paisano sabe que é longa a estrada
e da sina potreada lhe resta seguir bebendo
estiou a chuva, acerta a conta e vai embora
já está na hora que a pegada é bem cedo
acende um pito e ata a boca do bragado
já emponchado e o potro segue com medo
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