papel - gui [pt] lyrics
[verso 1]
enquanto serpenteia a cascavel
rasgo uma talha num l e penso no papel como algo negativo
mas na verdade nada fora de nós é belo ou com sabor a fel, é tudo derivativo
o dinheiro não é mau, sujo, nem cruel mas eu posso ser, com ou sem ele
o dinheiro não mata, não prime gatilhos
o dinheiro não se lava nem se suja sozinho…
a raiz do mal não está lá fora!
olha para dentro e faz a tua poda!
retira o habitat à serpente que cospe e vive aí dentro
e não a alimentes, lima-lhe os dentes
faz água benta com o veneno
tira à maçã a s-m-nte
e planta o éden na mente, o éden na mente, o éden na mente!
é bueda andamento, bueda andamento, bueda andamento…
[verso 2]
bem-vindo ao centro do comportamento humano
onde o cêntimo p-ssa a ser aquilo que mais amamos
mas se amar o próximo é engano então vou engolir e sentir o sabor deste cano
como é metálico e fálico o cano que entalo nos dentes
namoro o sabor do vento antes de conhecer
o sempre, o nada, o dentro, a espada
no ventre da fada que me comprou os dentes
stopa, dropa e rola, o fogo foi-te à tola
queimado no inferno que aprendeste na escola
apaga o fogo, larga o clipper
na tua vida evita viver o jogo da guita
porque se a vida é um negócio o teu irmão é um sócio
então porque é que havias de ajudar o próximo?
o teu amor já morreu, admite!
o teu amor já morreu, admite!
o teu amor já morreu, admite!
o teu amor já morreu…
[verso 3]
cada rima que eu cuspir nessa sh-t nao vale nada
sem comida, eu vim pa me vir lá dentro mas tambem na cara
b-tch sem o guito disto eu vou ter que ir bulir pa’ zara
por isso se tu me vires lá dentro apita e dá um holla num brada
essa puta sobe, ‘tou a falar da fama
a outra puta chove, ‘tou a falar da grana
quem diria que este puto prof ‘tá numa carripana
a partir kapas na auto-estrada a juntar kapas pa cabana
se eu for po’ hospital até a maca abana
sempre ca’ moca mais pesada e não meto nada há uma semana
como é que tu querias que a minha vida fosse humana, se eu ‘tou god level sempre co’ devil a puxar me a ganga?
eu já não sou o memo’ a puxar da ganza
sempre ca’ paranóia tipo o nemo, a dori não me apanha
apago o medo…
eu já mostrei que a minha vinda nunca foi pa’ venda
a mandar wanda sykes nesses dreads mano e nunca aprendem…
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