100 feridas - flá one lyrics
[intro]
“quando era mais novo
o meu irmão disse*me uma verdade bonita que foi:
primeiro vêm as feridas
depois as cicatrizes
e delas vêm o carácter…”
[verso 1]
não tiras o dedo da ferida essa ferida não sara
ou aprendes a cair ou vais cair até ficar
não há cura para uma dor que dura e não pára
e ao longo do compasso vou ficando mais leve
não tiras o dedo da ferida, essa ferida não sara
ou aprendes a cair ou vais cair até ficar
não há cura para uma dor que dura e não pára
até ao dia que um de nós decide mudar
não tiras o dedo da ferida essa ferida não sara
coloco a dor nessa batida para sentir algum balanço
e ao longo do compasso vou ficando mais leve
talvez consiga encontrar algum descanso
hoje acordo e dou avanço à mudança
quando a fome aperta a ambição é maior que a esperança
não ‘tás a par do que uma mente aberta alcança
a nossa meta é toda a mesma entretanto a gente dança
mesmo sem nada garantido, quando nada faz sentido
é tão difícil encontrar alguma paz
mais difícil é passar a vida toda a procurá*la ao
permanecer em guerra sem saber o que ela faz
sem nunca perder o norte
carrego o meu sorriso como arma de grande porte
aqui não há quem se importe
arranco o mal pela raiz a dar*lhe o corte
com demónios praticar apneia na mala do bote!
sinto intenção de vida na presença da morte
acordo a intuição perdida na melodia dos acordes
retiro sabedoria da ferida, dela vem a poesia
onde essa tinta vira mula de transporte
queres um verso convincente? cala*te, ouve e sente
colhes o que semeias e qualquer árvore foi s*m*nte
somente quem te rega é que te leva em frente
mas essa gente só mente sobre o que sente
até podes vir a mentir a sorrir com todos os dentes
a verdade sobre a verdade, é que a verdade
não precisa de crentes
moldamos o universo com vontade própria
esperto como um smartphone, duro como um nokia
devolve a emoção ao verso, dá*lhe revolta na voz
podes culpar o universo, o mundo é feito por nós
não há nada que tu faças que não tenha impacto
arranco o dedo da ferida, tiro a pedra do sapato
arranca*me o nó desse fato , as feridas da pele
coloco a dor desses dias em poemas no papel
que trazem a chave da porta p’ra não arrombá*la
hei*de cantar a minha história p’ra não ter de contá*la
aguento*me à bomboca, mordo a bala, não me embala
não abala, não me pára, ninguém me iguala
se ninguém te fere, ninguém te cura, ninguém te sara
engraçado…quando encontras a tua ninguém te cala
sucedes, ninguém te fala. consegues, ninguém te entala
enches a ala, até que ao dia que enches a mala
no final perguntas a razão pela qual começaste
para não ficares a ser mais um que chega só p’ra fazer sala
[refrão]
não fico para ser audiência
dessa tua tamanha indiferença
se ficar para ser bom não compensa
vou aprendendo com cada ferida
converto essa dor em experiência
para que um dia não vire sentença
e se não ficas para ver a diferença
eu vou lutando dia após dia
sei que as vezes dói, ás vezes mói, ás vezes mata
ás vezes destrói, as vezes constrói, as vezes data
o tempo que levamos sem aprender
deus dá nozes a quem não tem dentes
eu sempre fui osso duro de roer…
[verso 2]
parece que não adianta. não vou viver na corda bamba
acorda a banda. há horas que não corre nem anda
por isso canta enquanto a tua voz não sangra
vais aprender a mudar depois de tanta tampa…
mas tanta tampa…aqui ninguém se manca
nada me espanta. ao caíres ninguém que te levanta da campa
vais aprender a cair depois de tanta rampa
não te pára e essa ferida não sara, então arranca…
o dedo da ferida
o dedo do medo, com medo do erro
só p’a voltar a encontrar algum sossego
ao quebrar uma rotina que nos arrasta no tempo
e matar a hipocrisia que alimenta essa rotina
de repetir o erro até desperdiçar o tempo
de aprender com cada dor que nos ensina
cada dor que contamina essa tua paz
ao viver em guerra sem saber o que ela faz
não aprendes a bem? rebobinas a estupidez
até ao dia que um de nós decide mudar
queres assumir o peso? não suportas a gravidade
tou*me a cagar pra quem caiu, importa quem se quer levantar
e amor: é química pura que nos segura
quando nos levam à loucura de enfrentar um mal maior
quem canta males espanta e tem o poder do cura
para dar espancamento a todo o mal ao redor
se por azar ou ventura a vida perder o encanto
cair num pranto, em tudo o que canto
está o quanto amei tanto, errei tanto, o quanto aguentei dano
co(m)tudo feridas são precisas a evoluir como humano
completamente insano, mas de ti só tu sabes
se não tenho um plano, junto manos e frases
pra acabar com quases. achas que um mano não faz diferença?
olha só para a diferença que fazes!
a gente acaba com isto ou isto acaba connosco
a gente ri*se da dor depois da cicatriz
ninguém nos salva quando a gente tá na merda
repara, só ficam na merda quando um gajo está feliz
há*de chegar o dia que elas vão fazer sentido
até lá pode não fazer sentido
mas quando for contigo, sei que nós vamos sentir
gratos pela dor que nos ensinou a sorrir!
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