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à industria cultural - elo da corrente lyrics

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[intro]
não vou deixar a cultura se acabar
não vou deixar a cultura se acabar
não vou deixar a cultura se acabar
não vou deixar a cultura se acabar

[verso 1: pitzan]
nada além de negócios, mentes fadadas ao ócio
-ssim a indústria cultural nos faz seus maiores sócios
o dinheiro que move tudo, não, não, quase tudo
a honestidade é sagrada, com ele não me iludo
lixo feito de propósito distribuído em larga escala
como nasce vai ao óbito na velocidade da bala
repara o quanto subestimam sua inteligencia
e como escrevem com letras de fogo a onipotência
a primazia dos efeitos, pormenores, os clichês
tudo dentro das leis regidas pela estupidez
dos donos do dindin, os manda-chuvas da arte
foda-se o conteúdo o que importa é sua parte no bolso
eu ouço muita coisa por aí
mas quase nada me faz refletir
e evoluir como homem, como ser humano
mas é óbvio que isso nunca foi parte dos planos
fórmulas, nada mais que fórmulas desgastadas
e quanto mais usadas, mas em nós são impregnadas
dos falantes do teu rádio
as telas de cinema, todas expressões de arte
parecem seguir o mesmo esquema viciante
essa falsa liberdade asfixiante
cegos a tudo isso deixamos de viver adiante
essa é a nossa indústria cultural
será que eu sou chato ou pensamos igual?

[verso 2: caio]
produto descartável, seu prazer é maleável
te induzem a gostar sempre do mais desagradável
ahh, pra que manter a sinceridade no canto
atualmente a mídia impressa nos conduz ao quebranto
eu vou do santo da clarice ao que minha mente prevê
com frases simples e diretas que não vem da tv
mas nem parece e é desde os anos oitenta
os blablablas que a indústria cultural alimenta
eu vejo a fome denunciada nos semblantes andarilhos
milhões arrecadados, pelos fracos distribuídos (não)
pensando bem, eles são bons pra entreter
os transeuntes confusos que não conseguem viver
sem um trocado, a miséria mora ao lado dos cultos
minhas linhas são dotadas de sinceros insultos
lástimas da terra eu que vivo
a informação é escondida em caráter subjetivo
conteúdo apelativo, ênfase comercial
descrevem o cenário musical atual
deixa eu jogar as minhas fichas no que eu acredito
rap honesto de são paulo no silêncio reflito melhor

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