nova ordem - dogtown rap lyrics
[verso 1: mini]
peregrino iconoclasta ideologia rasta
caminhando pela praça deixa rastro de fumaça
raça que não disfarça faça a m-ssa não arregaça
cachaça demais um dia pode ser desgraça
o que é real? a gente se pergunta
enquanto nego se junta pra poder ganhar moral
manifesto surreal questionar é natural
papo de conspiração nova ordem mundial
trabalhe consuma consuma mais e morra
não faça a diferença pra poder mudar essa porra
é desse jeito que eles quer lavagem cerebral
cachorro adestrado de intelecto boçal
cinquenta tons de vaidade cinza é a cidade
enquanto avança na idade peca na sagacidade
pão e circo pros peões prédios torres de xadrez
vários são sacrificados em prol de bispos e reis
[verso 2: diego did]
construa a informação manipulando pensamentos
diga sim pra dizer não crie leis e mandamentos
incentive o consumo custe qualquer sofrimento
pra eles você é pobre e pobre morre devendo
cpf no serasa barra o financiamento
o crédito é a desgraça pro escravo seguir vivendo
tem álcool pra sua cabeça te torna mais violento
farinhas puras em gramas fortalece o armamento
diabo tá no senado pro sangue seguir escorrendo
e o imposto que é criado não cabe no orçamento
quanto mais cê tem cê paga e vai sempre seguir devendo
sem cordas ou coordenadas cê acha que tá vivendo
eles dizem que a loucura é minha mesmo e ninguém segue
rotulam minha cultura excluindo quem ouve rap
ligado nas viaturas fugindo dos cl1ck clack
vagando na babilônia e vivendo do mic check
[verso 3: clara lima]
nos corre diário, trampando pra caralho
pra informar pro meu povo muito mais que o necessário
caso contrário eu não faria a diferença
tô focada no progresso que a situação tá tensa
mente blindada, corrente formada
é quente a pegada, de rima rajada
que explodem neurônios com conhecimento
se não for pra ser -ssim eu deixava no relento
desatento da pala, joga na vala, cala a voz de quem fala
e de rua mete mó mala só que eu
vim da senzala e não mais me escravizo
escrevo a liberdade e liberto aonde piso
[verso 4: inti collio]
pique peter pan, vamo em busca da terra do nunca
diferente de quem acha que vai pra canaã
hipócritas limitados à teoria
retórica como sua vida vazia
se apegue ao indíce e entregue o dízimo
beba do cálice e viva o mínimo
nego adora reclamar do governo
mas mal percebe que o problema é nós mermo
somos só matéria em movimento querendo ou não
destinados a criar raízes nesse centro
guarde seu julgamento, seu chorume diário
palavras voltam contra a força do destinatário
ser humano em constante erro como um babilônio
é orgulhoso e segue dando vida a seus demônios
em tese mudem o pseudônimo
essa é a poluição de mentes na camada dos neurônios
[verso 5: mulão]
então flutua, sorrir a lua
rima mais pura, meu verso não tem gravidade
a responsa continua
na saga nua e crua, mostra a verdade da rua
com sagacidade onde quem age fuma
agem no automático, preferem os mais práticos
contaminam as famílias se tornando aptos
ensinam desde criança aonde é o rolê
vai no shopping fulaninha comprar roupa procê
ai não gasta muito que amanhã cê não tem
cê quer roupa de novela e eu só quero comer bem
sem dever pra ninguém, querendo ir mais além
com a força desse rap sem ambição nas de cem (nas de cem)
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