por outros braços - dillaz lyrics
[refrão]
diz-me lá se a vida é feita para viver
será que corres e morres e ainda voltas a crescer?
será que a vida é uma moeda para a pessoa meter?
para apostar e marcar para ganhar e perder?
mas diz-me lá, e digo-te com satisfação
para quem canta e se espante mas nem sabe a canção
para quem vive com alma, que se senta e que se acalma
para quem bate uma palma sem conter uma mão
[verso 1]
há muito que eu tenho crescido dentro de um vidro partido
por um plano mais sentido que eu não sinto há bué
eu até sou conduzido por um caminho dividido
mas no momento preciso eu não sei qual é
mas mesmo que estejas fraca, perdida nesse buraco
sei que não p-ssas de um caco mas aproveita a mão
que aquele que te falava
que a vida por ti dava
no momento da brasa não te ajudava não
e dás por ti numa lástima, sentes uma lágrima
que caiu no teu peito e nunca mais secou
e tu tentas o feitiço, sabes que precisas disso
porque o mago enfeitiçado não te enfeitiçou
a pouco e pouco tás mudada, descrescida, amargurada
e eu sinto que tás cansada pode ser stressante
então ficas chateada e sais pela madrugada
dás por ti numa pedrada e risada constante
ganhas a fama imunda
‘tás ás voltas na rotunda
então fazes a pergunta
“porque é que eu nasci?”
então tu tens raiva à cegonha
para trabalhar fazes ronha
até tens uma certa vergonha desse teu b.i
tens o peito despedaçado pelas mágoas do p-ssado
aquilo que era bom era bom e acabou-se
e como a vida te obriga, deixas-te de ser rapariga
viste a barriga crescer já com os teus catorze
e pela má informação, novo meio de imitação
e à pala da situação foi pala na poça
tens a cabeça e a carteira arrebentar pelas tripeiras
tem de haver uma maneira para tapar a mossa
e agora o que é que fazes no momento de más fases?
em que frases não chegam para te ver sorrir
podes achar que é cedo, eu vou-te contar um segredo
eu até tenho um certo medo de ter ver partir
[refrão]
diz-me lá se a vida é feita para viver
será que corres e morres e ainda voltas a crescer?
será que a vida é uma moeda para a pessoa meter?
para apostar e marcar para ganhar e perder?
mas diz-me lá, e digo-te com satisfação
para quem canta e se espante mas nem sabe a canção
para quem vive com alma, que se senta e que se acalma
para quem bate uma palma sem conter uma mão
[verso 2]
a vida lá te deu frutos, contaste as horas e os minutos
agora já tens dois putos que te chamam “mãe”
e como o fogo de artifício mal sustentas o teu vício
pois ninguém tem o oficio que a barriga tem
e lá no fundo do tacho
vês que precisas de um macho
o teu rendimento é baixo pela pouca escola
precisas de organização
companhia no colchão
e só tens um part-time que é quase uma esmola
então conheceste o homem que achavas que era
diferente mas aparentemente só pela beleza
querias um pai para as crianças
só pensavas na bonança
tu bem tinhas a esperança mas não a certeza
tudo lá se foi p-ssando lá te foste apaixonando
a relação foi avançando, correu tudo bem
mas nem tudo foi primavera
é nisso que a vida é uma fera
pois tu nunca estás à espera daquilo que aí vem
esse teu namorado quase recuperado
voltou para a má vida sem medida
querida agarrou-se à peste
e tu sabias, bem tentaste melhorias alguns dias
mas quando ele teve a recaída também tiveste
e lá tás tu nas drogas duras com ressacas e loucuras
perdida nesse teu mundo que chamas “maravilha”
chegas a casa de rastos, trazida por outros braços
sem pensar no teu filho e na tua filha
vais andando e andando, sorrindo, te desleixando
já quase que nem vês roupa nesse teu estendal
vais sentindo as mazelas ao olhar pela janela
‘tás mais velha 10 vezes do que é normal
poucas memórias recordadas
cenas relembradas nas alturas em que em fotos tu fazias pose
podia acabar bem, mas em contra-partida foi uma partida perdida
1-0 para a overdose
[refrão]
diz-me lá se a vida é feita para viver
será que corres e morres e ainda voltas a crescer?
será que a vida é uma moeda para a pessoa meter?
para apostar e marcar para ganhar e perder?
mas diz-me lá, e digo-te com satisfação
para quem canta e se espante mas nem sabe a canção
para quem vive com alma, que se senta e que se acalma
para quem bate uma palma sem conter uma mão
[outro]
não, não
sem conter uma mão
não, não
sem conter uma mão
para quem vive com alma, que se senta e que se acalma
para quem bate uma palma sem conter uma mão
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