meus demônios - dalsin lyrics
[verso 1: dalsin]
quem vem lá? quem vem, hein?
traz o bem, traz o mau
nuvem de chuva e carregada que tapa cobrir meu sol
me conhece como meu pai, me tem perto como um amigo
me ama como minha mãe, me odeia como inimigo
sanguinário boladão, como as farc e o iraque
olhos no fundo obscuro como viciado em crack
me cerca, me sonda, sopra meu ouvido como -ssovio
tô puto só vejo os vulto que me causa arrepio
sua voz embaça, não p-ssa, me am-ssa, músculo amortece
minha cabeça “enfraqueja”, minha alma enfraquece
imagens da primeira onda dropada o primeiro back
me sinto em campo aberto vulnerável aos ataque
tô com frio, tô com fome, mai’ minha fome é de rap
de ver as roda de break lotando as festa mai’ black
num é pa entender é pa sentir, não sentiu escreve
escrevo minhas rima e minhas rima me descreve
entre prece e oração, muitos vêm, muitos vão
e a alta quantidade tem baixa disposição
são muitas minhas bençãos, sei que anjos me sondam
mas isso me faz crer, que demônios também me rondam
corpo deitado, olho meu rosário ao meu lado pendurado
ainda posso vê os vulto se apago a luz do quarto
em cima o candelabro eu entre as coberta quietin’
com aquele pressentimento que aqui, não tô sozin’
de joelhos sirvo o rei, e peço compreensão
fui errado mas meus pecado foi de bom coração
se pá mais que boa ação ou só pecado em vão
pode deixar que acerto tudo no dia do armageddon
mas ‘inda não, tô firmão, tô vivão, vou debater
pô pra foder enquanto sentir meu peito bater
me fecho com a minhas neurose, minhas leis são anônimos
essa noite eu vou p-ssar exorcizando meus demônios, mano
eu dei o gelo no que faria pior, pa compensar me dediquei
ao que faria melhor
entre amigos e olhares de felicidade
tá aqui, é como se nada mais me incomod-sse
p-ssei tanto tempo trancado, mai’ nunca ganhei
que a prisão que eu me tranquei foi a que eu mêmo criei
vegetei, falsa ilusões, me perdi dos pendões
mas hoje sinto que isso fez parte das minhas ações
fiquei muito tempo sem abraço, e sem dar a mão
perdi o calor humano de muitos dos meus irmão
hoje busco a essência, um rosto na multidão
ando descalço e como é bom senti o gelado do chão
não volto pa mesma cena de quando eu tinha 7 tensa
13 ano se p-ssou e eu não vi a diferença
alguns foram pa tranca, outros foram pa vala
e os que ficaram é o bastante pa’ tornar minha vida rara
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