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aoba - dacruz lyrics

[verso 1: han]
tragando tristeza e solidão
acompanhados da morte diária e um ponto de interrogação
só mais um soco no pulmão
das mãos da agonia vestindo luvas de insatisfação
um trago após o outro…
e já me sinto meio morto
enfrentando o dia morto na semana morta
e o que a rotina me trás é um café na xícara morna
fazendo efeito na minha torta
igual aos dedos da mão só que não se nota, tipo uma devolução de calos por notas, droga!
tô preso nesse ciclo
e já tá determinado até onde piso, até onde sigo, até o que clico
cliquei no vício e peguei um vírus

[verso 2: d4crvz]
o vazio do inverno, guimbas no cinzeiro, turbulências
tá escurecendo, ficando frio
cds arranhados picotando, músicas tristonhas
insônias, é, quase que eu não suporto
desesperos de ontem vindo à tona
e eu nem me importo, mas noto, pânico
interesses de longo prazo se tornando impulsos momentâneos
é logico, quase que me afogo
ouvindo chesterfield fumando chester watson
aoba, com a braba de boa
não perco a jogada me encontro na partida
não rebubina a fita, duplica a pessoa…
despersonaliza, pois a sinceridade te intimida
eu solto a voz não sei o que vem após
pós essa cuspida, pisei em cima
tirei o chinelo pois sou visita
o simples me fascina

[verso 3: diogro]
cadeiras reclináveis, não descansam dias fúteis
e o maior culpado disso, são excessos que eu não fujo
dou murros em ponta de faca, só pra ver se acaba o tedio
enquanto me entorpeço nessas folhas de caderno
que faz portais se abrirem, no centro de um espelho escuro
me envolvendo, e me fazendo planar no vácuo da luz
e olha só onde que eu me pus
eu demorei pra reparar que eram os sonhos que me conduziam
entrei em choque
aham
mas nem foi criado um oba-oba
por ser letargia, eu sigo de mãos vazias
recriando a cada dia
uma antiga nostalgia
porque cadeiras reclináveis não descansam dias fúteis
nem cadeiras reclináveis descansam dias fúteis

- dacruz lyrics

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