dilúvio - colónia calúnia lyrics
[verso 1: tilt]
a cena é quem droppa nunca volta
a pena é tão nova
o cabrão nem voa
agarra-te a uma porta ou a uma pessoa morta
a vida é sempre sobre quem é que nada e quem se afoga
eu faço a minha parte como quem avisa tarde
o dilúvio vem, tal como diz a bíblia
que eu vim limpar as ruas como se água fosse lixívia
(avisa os media)
a mãe terra tem sida como se isso fosse notícia
caem em volta desta máquina
aqui não há lavagem, só ferrugem
mas qual nuvem?
é matá-los conforme surgem
não fales de caçadeiras
aposto que nas primeiras
frações de segundo vais correr pelas braçadeiras
mas há quem nade, ya
há quem fique -ssado após duas braçadas
e visita o fundo do mar pelas p-ssadas
águas das calçadas que varreram a carne
depois de conhecer a arte
morte é charme, isto é lindo
[verso 2: l-ali]
no fundo do mar nas marés vivo
em mariposa num sentido
entre mar e prosa refletida
enquanto a juventude t-tanica
ajuda em tudo mas quem fica a flutuar sem rumo abdica
dum dia ter a terra a vista
sem ter aberto a vista
e perceber que só com mudança aqui respiras
relevância inspira
não sejas mais um no cardume
aqui o -ssunto é nada ou a nada p-ssas num segundo
enquanto a merda boia eu estou no fundo
a desenvolver a guelras como quem zela por ar puro
mas águas contaminadas, contaminaram tudo
embarcações lotadas mas ainda sobras tu
abraça o caos enquanto o mundo
reverte o ciclo imundo, de muitos
a chorar pela flora que por ti já não dá frutos
espero que tenhas ouvido o miúdo: vem aí dilúvio!
pr-nto a limpar tudo, pr-nto a limpar tudo
[refrão: l-ali e tilt]
(3x)o mood é renovar a cidade limpar o que esta sujo mandar fora o que esta estragado
(6x)e se isso significar o mundo virar aquário o teu oxigénio já não vai ser necessário, estás dispensado
eu hei-de limpar a tuga até que a minha coluna curva!
eu hei-de limpar as ruas eu ver o meu reflexo numa
[l-ali]
ouviste o homem do lixo?
não sei se estás preparado
para a inundação do nicho que habita nesta casa
não sou meteorologista mas hoje molhas as patas
e traz essa botija enquanto a corrente te arrasta
[tilt]
vieram fechar circuito mas eu lamento
entro …. a dentro manos pensam que me alimento
com crânio de mc’s que desfiz e fiz cimento
para centros comercias abandonados no epicentro
[l-ali]
aqui sentes o verso ileso
dilúvio limpa rap’s de batimentos
a voz flui na foz num leque imenso
[tilt]
não falho testa
sniper, faço mira no byter
dá-lhe pesca, é que
essa merda é nossa
e se eu vivi na fossa foi para ter algum escola
[l-ali]
e se essa casca é grossa foi para ter alguma esmola
[tilt]
essa vergonha é vossa
e vão levá-la até a cova
até minhocas saberem qual é o sabor de pataqueiro
e quem se afogou primeiro
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