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luzes - bruna muniz lyrics

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[intro: sample de elis regina]
quando a noite vem chegando
chega o teu amanhecer
e se o sol vem despontando
vais voando te esconder

[verso 1: belga]
minha voz capaz de resgatar milhões
e nem tô falando de dólares
mas sim de almas cansadas das dores
viver ac-mula alguns traumas por conta de ações
e olha que nem são da bolsa de valores
enquanto as madame dispensam milhões em bolsas
os pivete, pra pagar as conta no dia, tem que ripar mais de duas bolsas
então vê se cala a boca e ouça
tô ac-mulando cansaço pra transformar em força
tá abalado? por que veio? num adianta chora
a vida não espera, o tempo impera e o ontem já era
século 21, os playboy diz que revoluciona só porque usa nova era
vish, a vida é uma música
muda o ritmo conforme tempo
infelizmente agrada a poucos
aos poucos aprendemos a valorizar cada momento
isso nos faz aprender sem precisar errar de novo
deselegante é eles usar nosso dinheiro pra voar de jato
já faz tempo que tô entocado
mas daqui a pouco ponho fogo no senado
e esse daí eu garanto que cês não apaga com lava jato
independente de facção ou escolha
são apenas mais uma fração da bolha
e pode ser mais uma ficção o cair da folha
deixe que o tempo seque as lágrimas caídas sobre as folhas

[verso 2: bruna muniz]
as noites cada vez mais densas, suspiro na calada
me guio pelo instinto onde as palavras são minha arma
por muito tempo venho percebendo que é preciso
saber valorizar a vida sem temer nenhum perigo
já não consigo aceitar
quantas vidas foram impedidas, hoje eu vim pra te lembrar
que nosso futuro tá com as crianças
e ainda que o tempo guarde os momentos e acabe com as esperanças
sou herança e por ela aqui estou
a guerra na minha cidade foi o sistema que implantou
lutou (sempre!) até causar o nosso pânico
mas hoje quando eu sinto o medo, sei que nunca foi por engano
até quando?
sempre me pergunto: até quando?
seres humanos cegos, iludidos pelos seus planos
até quando?
sempre me pergunto: até quando?
lágrimas derramadas por todos os cantos
até quando?
sempre me pergunto: até quando?
a voz silenciada que escreveu sobre o seu pranto
até quando?
sempre me pergunto: até quando
vamos ficar calados diante desses estranhos?

[verso 3: sambada]
seremos luzes na caminhada
seguimos luzes na madrugada
sem sermos rudes, seremos fortes
seremos norte, sentimos cortes
e as cicatrizes serão virtudes
sem termos sorte, teremos foco
e sem ter meio, mas também medo
por termos, mano, sempre o motivo
nóis é o momento em abundância
seremos cheios, pois somos n0bres sem sermos ricos
nós somos vivos, faremos livros
sem ser noticia, seremos fatos
de fato, sonhos serão os termos
pra quem arrisca, serão conquistas nossos relatos
mas nossos planos nem são os mesmos
e nossos ganhos não pagam o preço do que perdemos
mas venceremos pra honrarmos isso
não lava o sangue nem tira o peso
cês tão entendendo?
é que nascemo com o compromisso
pode esperar de onde o espaço é obscuro e estreito
e as letra é o máximo que eles vão ouvir
onde o p-sso é no escuro, o jeito
não é ter que levantar, e sim aprender a cair
onde ficar em cima do muro é feio e
aprende a enfrentar antes dele cair
pique um palhaço tatuar no peito
quem ele viu chorar, mas te fazer sorrir no fim
eles não sabem o fim
eles não sabem o fim
eles não sabem o fim

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