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c.r.e.a.m - bloco verbal lyrics

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[refrão]
cash ruins everything around me
c.r.e.a.m f-ck the money yeah f-ck the money

[verso 1 – broma]
a economia, chefia a política ministrada
na democracia representativa fustigada
pela escalada corruptiva movida pela alta escala
motivada por quantias e não ideologias, gala
milhões injetados na banca p’a salvar dívidas
restrições a medicações que salvam vidas
pensões diminuídas são políticas -ss-ssinas
pelo controlo da demografia em nações envelhecidas
homens querem para as crias uma vida melhor que a deles
bulem todos dias horas infinitas mal conseguem vê-los
é vê-los à mercê da tv a sofrer com a distância
desinvestir na educação é investir na ignorância
sem esperança no futuro de recursos hipotecados
no terreno luso onde m’insurjo entre padronizados
se somos racionais com’é que chegamos até aqui?
f-ck, cash ruins everything around me

[verso 2 – brutus]
está na hora de acordar, wake up ma homie
estamos a ser controlados, como consolas da sony
e eu “nintendo”, a lógica disso
na óptica vi, a robótica e a -n-lógica a morre no piso
o guito move tudo, o homem move o mundo, a arte move o homem
bullsh-t
fizemos um clássico neste beat
e nem por isso as rádios o consomem
valores cada vez mais somem, para dar valor
a outros tipos de valores, e se não somos ricos somos loucos
e aos poucos apercebi-me de uma cena boy
prefiro ser insane do que ser só mais um toy…
story, manipulado pelo money
e á custa disso, eu senti na pele e cresci
sem ter um pai em casa, porque aqui não deu
teve de dar o baza e diz que não se arrependeu
agora digo eu, c.r.e.a.m fodeu o meu trilho
e á pala dele o meu pai não conhece o filho

[refrão]
cash ruins everything around me
c.r.e.a.m f-ck the money yeah f-ck the money

[verso 3 – tz]
só vejo cash, a trazer destruição
numa sociedade que não ganha para o ganha pão
empresas temporárias, vidas temporárias
lucram com o teu suor e não olham à faixa etária
num país que só investe na banca rota
e o papel já sumiu quando a conta bate à porta
desemprego são empregos -ssumidos
para quem não faz nada, rendimento mínimo
na esquina, dreads trabalham por conta própria
e a oportunidade, essa não está sóbria
31 dias, um dia de cada vez
onde tu só és feliz uma vez por mês
e por mais que tentes, não dá para explicar
cash ruins everything around me
e se procuras a resposta ela não permanece aqui boy…
não permanece aqui

[verso 4 – marizé]
f-ck the money, só problemas monetários
em vez de porcelana tenho contas nos armários
p-ssamos por otários, com bolsos sem costuras
poses e figuras, as nossas faces caricaturas
nem fases nem ditaduras, falo de um estado novo
e de um novo banco para limpar as falhas de outro
desde novo.. discussões entoam em casa
por causa de uma carteira interesseira cheia de nada
os meus boys, pregam com motivos e rezam
e eu comovido porque é fodido ver que eles não se empregam
dias sem quantias, é por isso que eu fervo
se papel traz felicidade eu prefiro aquele em que escrevo
a vida anda torta, a de muitos usa bengala
os meus pais deram a fuga da tuga pra endireitá-la
na saúde e na doença, na tristeza e na alegria
c.r.e.a.m, a nota só vem depois da família!

[refrão]
cash ruins everything around me
c.r.e.a.m f-ck the money yeah f-ck the money

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