manicômio cypher 3 - 360k estúdio lyrics
[verso 1: andréa bak]
escapuli pelo muro procurando a liberdade
escapuli do sistema em busca da realidade
os braços clamam por justiça, punho cerrado
repressão por todo lado, capitão ao fardado
refazendo a escrita da história, sem anestesia
do imperador europeu à burguesia
antep-ssados no pretérito, mas nunca esquecido
resistência e força, o castelo erguido
o império te espera, fé e muita axé
oxalá e uma reza pra manter de pé
o sangue nativo da selva: silva
o ancestral que me encrespou: espírito
conceito de raça: racismo
intolerância, conservadorismo é abismo
poeta, conclame a luta pela igualdade
s-m-nte de marielle por toda cidade!
desigualdade mascarada social
debaixo do véu, miscigenação racial!
[verso 2: jeckie brown]
sou preta favelada, sapatão -ssumida
taco fogo no bolsonaro e em todo racista
o meu país está sem ordem e progresso
a justiça no brasil só condena favelado
e os político roubando toda a população
tirando pão da boca de criança
o seu direito da saúde e educação
professores sendo desrespeitado, entrando na porrada
eu fico preocupada com o futuro dessa nova geração
tem menor de idade
dominado pelo crack, que perdeu sua identidade
já não sabe a sua idade, neguin (bagulho é doido)
barraco de madeira, esgoto a céu aberto
essa é a realidade do povo da favela
cada vida é um destino, neguin
(fé em deus vagabundo!)
cada destino é uma cruz
pega a visão!
[verso 3: catu oliveira]
a vida é mais complicada se vivida ao norte
aqui tu tem que ter garra, não conte com a sorte
quantos amigos se perderam pra andar no porte?
e quantos outros se encontraram no abraço da morte?
mermo que as pernas já não aguentem carregar o corpo
que toda correria faça valer o sufoco
pra nós que sobe a ladeira, dão as regras do jogo
onde os beco são tabuleiro e os peão são morto
aqui, rainha é abusada na primeira infância
enquanto o bispo recebe oferta e doa intolerância
onde o rei é xeque-mate, imperador imperativo
ordenando a matança e esboçando sorriso
se todas as peça no final vão pro mesmo saco
eu tenho algumas perguntas, espero que responda
por que pra nós só o saco preto se abre ao fim de cada ato?
e quem será que sai perdendo no final das conta?
[verso 4: annie borges]
organizei cada pedaço dentro do comp-sso
a batida que faço é pra não comprar mais um maço
e me drogar
tudo que eu sempre quis era ser feliz
vivendo do que fiz
mesmo com água no nariz
pra família se orgulhar
minha mãe sempre mostrou
tu pode ser foda, eles querem só foda
não siga a moda
ao comer arrota pra não se engasgar
chegando, resista
destrua os racista
acabe com os machista
faça eles sentirem o nojo que é ouvir psiu ao caminhar
e eles vão me caçar
pra tentar me derrubar, mas au revoir
não tô mais lá pela minha cria
a noite é um dom e a lua é minha guia
enquanto não tocar nos meus, jamais verão minha total ira
meu filho vai nascer a tempo de ouvir a minha voz
minha filha vai nascer a tempo de me ver lutar por nós
meu filho vai nascer a tempo de ouvir a minha voz
minha filha vai nascer a tempo de me ver lutar por nós
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